Gosto bastante do secretário de Estado João Costa, gosto da forma como pensa a escola e gosto da forma como fala fora da caixa. Se não tem cuidado, corre o sério risco de lhe atribuírem o carimbo de demagogo, ou de um romântico do ensino, miminhos típicos de quem quer uma escola pragmática e resultadista… Só que entre o discurso e a prática vai uma longa distância, e se há algo que aprendi no mundo da educação é que mudanças de 180º criam enormes resistências e raramente se concretizam…
Ficam algumas das suas declarações proferidas na apresentação do Movimento Direito a Brincar.
“O direito à brincadeira aparece como um direito fundamental. Temos o dever de garantir este direito.”
“Aprendemos brincando. O jogo permite desenvolver competências mais elevadas, como a criatividade e inovação. Os mais criativos são os mais disruptivos. A escola tem de privilegiar métodos ativos de aprendizagem.”
“A rua é a principal estrutura para a brincadeira. Abrir a porta, às vezes não é tão mau como se pensa. Eu próprio um dia abri a porta e agora eles voltam lá sempre.”
“Uma escola a tempo inteiro é uma resposta para quem não tem alternativa.”
“Escola como espaço de desenvolvimento humano. Temos de reinventar a escola.”
“Tem-se transformado [a escola], talvez na última década, num campeonato individual.”
“A escola humanista deve prever momentos para a brincadeira”
“Implica não confundir a energia com mau comportamento.”
O secretário de Estado relembrou ainda que da revisão das orientações curriculares para os diversos ciclos escolares se podem já tirar exemplos de boas práticas, como a introdução da palavra brincar nos planos curriculares do pré-escolar