Estamos a viver num tempo em que assumir “regras” , cumpri-las e fazê-las ser cumpridas está “fora de moda”.
Vale um pouco, se não muito, a lei de cada um, e “implicitamente” cada um fazer o que melhor lhe apetecer, e os “outros que se lixem”, “ é bué fixe estarmos como queremos, mesmo que outros deixem de estar”!
Um destes dias estando “ a escrever” numa Biblioteca, calmamente, entraram 5 jovens (2 raparigas e 3 rapazes), pelos 18/20 anos, muito interessados sem dúvida em ver/consultar os livros dessa Biblioteca, mas, a falar como se estivessem na rua, no café ou ao telemóvel.
Dado nada em contrário acontecer, pedi-lhes por favor para falarem mais “baixinho” por estarmos numa Biblioteca, olharam para “velho, o quota, o chato” , mas acataram e baixaram o tom de voz, e, ficaram a consultar, a pegar em livros, muito bem, independentemente de dois se sentarem em cima da mesa onde estava a escrever, mas tudo correu bem melhor. Havia cadeiras de sobra, mas!!
Claro que se nada tivesse dito, mesmo com o risco de ser “insultado”, o efeito tornar-se-ia bola de neve e, o algum respeito que estava a haver, iria “cano abaixo”.
E nós mais velhos, entrámos num patamar de não sermos respeitados, não só por sermos velhos, se bem que alguns – velhos- nunca ninguém tenham respeitado, mas, o problema está nos “educadores”, de há 20 anos atrás e assim continuam – “leia-se pais e mães” – não quererem e assim continuarem, ter sabido educar filhos e filhas.
Dizer “não” é um crime! Coitadinhos dos meninos e meninas!
E, se em dadas ocasiões fizéssemos sentir aos mais novos que devem comportar-se um pouco melhor, como Pessoas, ainda que nos arrisquemos, a levar dois pares de estalos, talvez resulte, se bem que só no momento.
Mas o não respeito hoje, implicará amanhã, um aumento exponencial e desmedido do não apreço generalizado por todos e por tudo, que talvez não seja o mais indicado comportamento entre Pessoas, entre seres Humanos, que é o que de mais importante existe à face a Terra.
E foi possível “isto” escrever e desta não ter levado na cara!! Mas!
Augusto Küttner de Magalhães