“… Enquanto processo regulador do ensino e da aprendizagem, a avaliação orienta o percurso escolar dos alunos e certifica as aprendizagens realizadas, nomeadamente os conhecimentos adquiridos, bem como as capacidades e atitudes desenvolvidas no âmbito das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Na avaliação devem ser utilizados procedimentos, técnicas e instrumentos diversificados e adequados às finalidades, ao objeto em avaliação, aos destinatários e ao tipo de informação a recolher, que variam em função da diversidade e especificidade do trabalho curricular a desenvolver com os alunos.
As diferentes formas de recolha de informação sobre as aprendizagens… …prosseguem, de acordo com as suas finalidades…informar e sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias que conduzam à melhoria da qualidade das aprendizagens, com vista à promoção do sucesso.”
Decreto-Lei 55/2018, de 6 de julho
Tipos de Avaliação
No mesmo suporte legislativo, consideram-se apenas dois tipos de avaliação: formativa e sumativa, sendo o primeiro um processo sistemático em todos os domínios curriculares, envolvendo o aluno e diagnosticando as suas dificuldades e progressos, fomentando a partilha de informações com os Encarregados de Educação e restantes participantes no processo educativo, de forma a obter a informação necessária à melhoria contínua e ao sucesso de cada aluno e do grupo em que se insere.
A avaliação sumativa é aplicada em determinados momentos, com a pretensão de certificar ou emitir um juízo global às disciplinas, classificando o aluno com efeitos de progressão/retenção. Também a pode acompanhar um relato global e sintético, um “ponto de situação” da aprendizagem do aluno, realizado no período avaliativo.
A autoavaliação é da responsabilidade do aluno e um elemento muito útil ao professor, que a ela deve recorrer sempre que possível, bem como à heteroavaliação, processo em que os alunos aprendem a respeitar-se mutuamente e a aceitar opiniões alheias.
Instrumentos de Avaliação
São inúmeros e variados os instrumentos que os docentes utilizam, para verificar os progressos dos alunos, e, que vão modificando e adaptando consoante as dificuldades que aqueles demonstrem. Estão interligados com as matérias lecionadas, as disciplinas, os gostos das turmas. No entanto, há certas características que convém não esquecer, por uma questão de motivação dos alunos:
– tipo de linguagem– uso de vocábulos simples, conhecidos, acessíveis à faixa etária dos alunos, fomentando a compreensão de enunciados;
– a extensão de testes e questões– testes e perguntas muito extensos enervam e criam nos alunos uma sensação de que são de difícil resposta, levando-os à desistência;
– o uso da cor e da imagem– dá prazer executar tarefas coloridas e com imagens divertidas;
– conteúdo das questões– cada questão deve ser formulada da forma mais clara possível e abordar assuntos que foram bem debatidos e esclarecidos nas aulas;
– tipos de perguntas– havendo vários tipos de formulação de perguntas, o professor deve colocar no teste, tipos variados(e não repetidos) de questões, pois há alunos que têm facilidade de resposta a uns, ou a outros. Por exemplo, crucigramas, verdadeiro/falso, escolha múltipla, ordenação, associação, descrição de imagens, respostas que exigem textos curtas ou longos… …
Oralmente, o papel do docente é essencial, na manutenção de um ambiente propício à participação dos discentes, ao respeito de prioridades e à escuta ativa do outro, sem interrupções intempestivas.
Os INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO serão adaptados a cada disciplina, atividade, tipo de ensino e ano de escolaridade.
Valor percentual dos Critérios a)
A valorização atribuída a cada item deverá variar consoante a área curricular em causa. Fará sentido que numa disciplina mais teórica, os conhecimentos sejam mais considerados do que as atitudes, por exemplo. Assim, poder-se-á sugerir que, em cada disciplina, se alterem valores, como indicado no Quadro abaixo(a mero título de exemplo).
Disciplinas | Atitudes | Capacidades | Conhecimentos |
Português | 10% | 10% | 80% |
Expressão Física | 30% | 20% | 50% |
Critérios são uma forma de objetivar a “Avaliação” criando referências comuns que atenuem opiniões, crenças, quaisquer elementos de caráter subjetivo que o docente, como ser humano, possa ter e que influencie a sua visão no diagnóstico da evolução de um aluno com o qual se possa identificar, mais ou menos. Avaliar exige isenção e rigor e qualquer professor pretende possuir essas qualidades, em consciência.
COMPETÊNCIAS (segundo o Perfil dos Alunos – Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho) |
Valor percentual a) |
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ATITUDES |
A) O aluno valoriza o outro e o mundo à sua volta;
B) é interessado e curioso; C) demonstra gosto na aprendizagem, questiona e analisa; D) reconhece a diferença e é ativo na integração do seu semelhante; E)reflete sobre o trabalho desenvolvido, emite críticas e opiniões de forma livre e construtiva; F) sugere novas tarefas e mudanças nas atividades desenvolvidas; G) reconhece a evolução rápida da sociedade e a necessidade da intervenção cívica; H) aprende a exigir, a si e aos outros, uma atuação responsável e ética |
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CAPACIDADES |
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CONHECIMENTOS (aprendizagens essenciais) |
Linguagens e textos
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Critérios Gerais de Avaliação
CONHECIMENTOS (aprendizagens essenciais) |
Informação e comunicação
Raciocínio e resolução de problemas
Pensamento crítico e pensamento criativo
Relacionamento interpessoal
Desenvolvimento Pessoal e Autonomia
Bem estar, saúde e ambiente
Sensibilidade estética e artística
Saber científico, técnico e tecnológico
Consciência e domínio do corpo
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Conclusão
Neste momento incerto, não se prevê qual o tipo de ensino que se poderá ministrar no próximo ano letivo.
Espera-se ainda que não haja alteração ao Perfil dos Alunos, que parece ser um documento estruturante da política educativa do atual Governo.
Assim sendo, os Critérios Gerais, contemplando as Aprendizagens Essenciais constantes do Perfil dos Alunos, poderão constituir uma referência para que, em cada disciplina/área disciplinar, se definam os Critérios Específicos.
A professora,
Fátima Ventura Brás
No e&d Como distingo um 17 de um 18 no secundário ?
Sim as médias interessam.