Isto dá uma média de 1.33 reformas por ano na Educação. Até parece um daqueles clubes de futebol, onde o presidente despede o treinador todos os anos.
Isto é um clássico, sempre que alguém chega ao Governo/Ministério da Educação, é um dado adquirido que nova avalanche legislativa vai ser despejada na cabeça dos diretores/professores. Neste ponto não existem inocentes, todos, mas mesmo TODOS os partidos que lideraram o Ministério da Educação são responsáveis pela instabilidade educativa.
É saturante e tornou qualquer reforma redundante, pois já ninguém acredita e consequentemente já ninguém se entrega a algo que à partida está condenado a uma mudança a breve prazo.
Quem lidera deve dar estabilidade a quem está no terreno, aperfeiçoando o que está menos bem, fazendo pequenos ajustamentos. A postura dos nossos líderes é de que a MINHA reforma é que é a correta e a anterior está toda errada. Não há meio termo, não há uma reciclagem, é mastiga e deita fora.
A Educação precisa de um conclave, onde representantes da escola/sociedade, fiquem fechados o tempo que for preciso e só saiam de lá com um plano a longo prazo.
A Flexibilização Curricular, como qualquer outra reforma, tem os dias contados, a história prova-o, não é por isso de admirar que os professores encolham os ombros quando se fala sobre o assunto, principalmente quando estamos perante uma classe profissional que carrega em cima dezenas de reformas educativas.
Agora que estamos a terminar mais esta vaga educativa, que os novos (?) “iluminados” tenham em consideração a realidade dos professores e este historial deplorável de rasgar tudo sem perguntar antes.
Alexandre Henriques
Fica o link para a notícia com acesso pago do jornal Público
Alexandre, assim a gente está sempre a mover-se, estás a ver?
Querem mais adrenalina e exercício físico e mental do que este?
E ainda dizem que somos professores do séc XIX e XX!
O quê? Com 40 reformas em 30 anos?
Isto é mais excitante do que os desportos radicais.
Tens toda a razão Ana. Que falta de visão a minha 😉
Eu gosto é de ver os profs nas reuniões das escolas a aplaudir em força a atual reforma do “passa tudo”.