No campo do ensino à distância, é factual que as tarefas terão o controlo de muitos encarregados de educação, podendo originar um desvirtuamento do real desempenho dos alunos.
Conscientes desta realidade, as escolas preparam-se para dar instruções aos seus professores para incluir uma coluna na sua grelha de avaliação que contemple o apoio dos encarregados de educação.
O critério está já a ser pensado e não deverá andar muito longe disto:
- o aluno foi autónomo na realização da tarefa;
- o aluno precisou do apoio do encarregado de educação para realizar a tarefa;
- o encarregado de educação realizou a tarefa.
Acrescento que no campo da educação para adultos, está neste momento em marcha um projeto que contempla o ensino à distância. Os avós e os pais que queiram frequentar as aulas com os seus filhos e netos, se assim entenderem, poderão também eles ser avaliados com a atribuição de um certificado de competências em codocência, que em caso de prolongamento do covid-19, irá habilitá-los a apoiar alunos através de uma plataforma que está neste momento a ser pensada.
Efetivamente vivemos tempos únicos…
Alexandre Henriques
Atualização:
Dia das mentiras, certo?
O colega foi criativo. Gostei!
Ok. Hoje é dia das mentiras!!
Pena ser o dia que é, porque a mim aconteceu-me!
Alunos que, de repente, passaram a escrever maravilhosamente bem, sem erros, com construções gramaticais quase perfeitas, vocabulário rico e variado. estruturas lexicais perfeitas, encadeamento de ideias e de argumentção dignos de aparecerem num manual…
Com “encarregados de educação professores” em casa, com algum tempinho, transformam, miraculosamente, um trabalho ou texto de um aluno-filho, com grandes dificuldades na expressão e compreensão escrita, num possível candidato a um prémio literário…
Lamentavelmente, o ensino à distância potencia a possibilidade óbvia destas situaçóes fraudulentas