O título deste artigo esteve para ser “Será que vamos ter aulas presenciais em 2020?”. Mas como sei que muitos leitores ficam-se pelas letras gordas, talvez seja prudente não mandar mais lenha para a fogueira.
Vou apenas apontar uma série de factos/notícias e o leitor que tire as suas conclusões:
– Marcelo Rebelo de Sousa prometeu que não iria mentir aos portugueses (espero que nunca o tenha feito…), dando hoje a entender que a vacina para o covid-19 só irá chegar no final de 2021 e que o pico da doença será posterior a 14 de abril de 2020;
– António Costa admitiu no Parlamento que o fecho das escolas irá “muito além” da Páscoa, não estabelecendo qualquer previsão quanto à sua reabertura;
– na china, cerca de 15% dos infetados voltaram a ser infetados, seja por contacto externo, seja por permanência do vírus no organismo;
– os últimos dados apontam para um período médio de incubação de 5 dias, mas não existem consensos sobre esta matéria;
– o verão não vai matar o covid-19;
– os países que têm tido mais sucesso em conter o vírus, são aqueles que há mais tempo têm as escolas fechadas, como é o caso de Macau que optou por fechar as suas escolas até maio, ou seja, pelo menos 5 meses sem aulas.
Isto são factos, não são teorias da conspiração. E por muito otimista que queira ser, ao entrar num supermercado e ver janelas de acrílico a separar as operadoras dos clientes, leva-me a questionar, até onde irá a toca do coelho?
E depois de matarmos o “bicho”, vamos sentir uma crise económica nunca antes vista em democracia.
#FiqueEmCasa
Alexandre Henriques
https://duilios.wordpress.com/2020/03/26/e-depois-do-tsunami-do-isolmento/