E será que estão?
Os dados são apresentados pelo Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) mas que vão em contra corrente com os mais recentes dados do PISA e TIMMS, que apontam uma clara evolução no Português e Matemática.
Não vou por isso subscrever a opinião da presidente da Associação Nacional de Professores de Português, Rosário Andorinho, que diz e passo a citar…
“tem de haver uma mudança na formação de professores e nas didácticas e metodologias utilizadas”
A formação de professores e didáticas podem ser questionadas mas não tendo como base uma amostra de alunos, que, por acaso ou talvez não, tiveram maus resultados.
Parece-me no entanto muito mais lógica a opinião de Filinto Lima (ANDAEP) e Manuel Pereira (ANDE) que apontam para uma necessidade de estabilidade nas políticas educativas e que os alunos nem sempre dão a devida importância a estas provas.
Curiosamente em paralelo com o PIRLS, realizou-se um outro estudo com dados muito interessantes, ora leiam:
Nos questionários realizados a par do PIRLS os alunos portugueses disseram o seguinte:
- 72% afirmaram que gostam muito de ler. A média internacional neste item é de 43%
- 84% declararam-se muito envolvidos nas aulas de leitura. A média internacional é 60%
- 33% disseram que nunca chegam cansados à escola contra uma média de 18%
- 57% disseram que nunca chegam com fome à escola. A média internacional é 33%
- 12% afirmaram que são vítimas de bullying todas as semanas. A média é de 14%.
- 82% manifestaram um forte sentimento de pertença à escola contra uma média de 59%.
Nos questionários realizados a par do PIRLS os professores e directores portugueses disseram:
- Estão em escolas onde 42% dos alunos são oriundos de meios desfavorecidos contra uma média de 29%
- Estão em escolas onde 49% dos alunos têm professores que se dizem muito satisfeitos com a sua profissão. A média é 57%.
- 78% declararam que a aprendizagem é relativamente afectada por falta de alguns recursos de leitura. A média internacional é 62%.
Avaliação internacional mostra que alunos do 4.º ano estão pior na leitura
(Clara Viana – Público)