O PCP pediu esta quinta-feira a ida ao Parlamento do ministro da Educação e da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, com carácter de urgência, para explicarem o cenário de falta de funcionários nas escolas que tem levado ao encerramento temporário de alguns estabelecimentos.
O requerimento foi entregue pelos comunistas na primeira reunião da Comissão de Educação e Ciência, empossada esta tarde, mas só será votado na reunião da próxima semana.
“Muitos outros exemplos existem, com dificuldades de pessoal a serem resolvidas tardiamente ou a ficarem, quase por completo, por resolver”, aponta o requerimento. “Não basta cumprir os rácios, é preciso ir mais longe, garantindo a todas as escolas o número de trabalhadores adequado às suas características e especificidades – o que não está a acontecer hoje”, acrescenta o PCP.
“É cada vez mais evidente que a revista portaria dos rácios não responde na medida necessária às especificidades de cada escola”, vinca o partido. E dá como exemplo a Escola Básica Eugénio de Andrade, que é a escola de referência para a educação bilingue de surdos na área metropolitana do Porto, mas tem um rácio de funcionários “exactamente igual ao das outras escolas, apesar da evidente especificidade”, uma vez que tem cerca de um quinto dos alunos com necessidades especiais.
Fonte: Público