O Ministério da Educação (e Ciência)
Platão, nas Leis, refere-se à importância do Ministro da Educação [da Juventude]. Segundo o filósofo, para o cargo «quer seja homem, quer seja mulher, deve ter cinquenta anos de idade; deve ter filhos legítimos e, preferentemente, de ambos os sexos. De todos os grandes cargos do Estado, este é o maior, e deve procurar-se que seja escolhido para o desempenhar o melhor de todos os cidadãos. […]»¹
Pensava Platão, ainda, que este cargo deveria ter a duração de cinco anos, ser assessorado por uma comissão que se encarregaria de fixar horários, delinear programas, entre outros.
Já nos séculos V – IV a.C., para este pensador, o Ministro da Educação deveria ser uma pessoa credível, com experiência e, acima de tudo, o melhor de todos os cidadãos. Idealizou. Mas, ao fim de tantos séculos, parece que o Ministério da Educação está longe de ser o MINISTÉRIO e o seu timoneiro, o verdadeiro MINISTRO. Continuemos a idealizar, entretanto.
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¹ in, GIORDANI, Mário Curtis, História da Grécia, Antiguidade Clássica I, 4.ª edição, Vozes, Petrópolis,1986, página 268
Fátima Galhanas