Hoje o jornal Público dá destaque à elevada taxa de abandono do ensino profissional, cerca de um terço. Confesso que não me surpreende, pois infelizmente o ensino profissional é visto por alunos e professores como a 2ª divisão do ensino em Portugal. Logo os seus constituintes são muitas vezes os alunos com perfis desviantes, com uma maior probabilidade de abandonarem a escola.
Existem excelentes exemplos de ensino profissional em Portugal. Essas escolas deviam ser utilizadas como um farol nacional, permitindo o salto qualitativo que este ensino precisa. Noutras porém o ensino profissional deixa muito a desejar, bem como algumas decisões da tutela que a seu tempo partilharei convosco.
Também no dia de hoje vem novamente a questão da medicação exagerada das crianças que têm problemas de atenção/concentração. A palavra exagerada é minha, pois apesar de não ser médico, 5 milhões de doses por ano é algo difícil de entender…
E ficámos também a saber que 70 % dos técnicos de educação especial desapareceram. A Escola Pública tem destas coisas… houve o boom dos professores de informática, houve o boom dos professores de espanhol e finalmente o boom dos técnicos de educação especial. Depois… depois houve o crash de todos eles… Porém, este crash na educação especial podia ser evitado se não existissem 8 mil turmas ilegais segundo a Fenprof!
Por fim o espanto do PSD sobre o silêncio na educação. Não que esses senhores mereçam algum crédito por aquilo que fizeram no passado recente, mas desta vez não deixam de ter um bocadinho de razão.