Aguardei o dia todo por uma tomada de posição do Ministro da Educação, nem que fosse depois de ouvir a sua colega de Governo, a Ministra da Saúde, quando anunciou o Plano de Ação para a Prevenção da Violência contra os profissionais de saúde, dando como prioritária a sua investigação. Em vez disso, veio a terreno a secretária de Estado da Educação Susana Amador com palavras de circunstância, relativizando a situação e sem apresentar uma única medida concreta.
Aliás, este Ministro e este Primeiro-Ministro já provaram que a violência, a indisciplina e a Educação em geral, não são uma prioridade nacional, optando agora por usar a descentralização como “mulher-a-dias”, de modo a limpar a porcaria que se vai acumulando ao longo do seu mandato…
Hoje ficámos a saber que todos os dias, repito, todos os dias, as forças de segurança deslocam-se às escolas 17 vezes e que até em ações de sensibilização são apreendidas armas (não sei se ria se chore…).
E há muito que sabemos que todos os dias temos alunos envolvidos em situações de violência grave, bem como agressões verbais e físicas a professores e auxiliares. A relação da escola com a indisciplina e a violência é constante e os recursos estão muito aquém dos necessários.
Este desprezo pela indisciplina escolar nem deve surpreender, pois quem decide são os mesmos que aceitam e pactuam (pois não se demitem) com a presença de amianto por cima das cabeças dos nossos alunos/filhos. bem com umas facadas entre alunos (3 casos em 8 dias) ou uns sopapos dados a professores e funcionários (24 desde o início do ano letivo).
Um quadro negro de violência e constante negligência Governamental, que pelos vistos não envergonha o Presidente da República, sempre tão amigo em determinadas circunstâncias convenientes à sua imagem, como por exemplo ao receber (e bem) o bombeiro que foi agredido em Borba.
Estamos perante mais um episódio de uma já longa e lamentável novela, que expõe a nu a incapacidade de comunicação e ação do Ministro da Educação, provando mais uma vez que não está à altura do cargo, um cargo onde ironicamente consta a palavra Educação.
Tiago Brandão vai bater o recorde do Ministro da Educação com mais tempo em funções, mas também vai bater o recorde do Ministro da Educação que durante mais tempo mostrou insensibilidade e incompetência.
Parabéns!
Alexandre Henriques
Há um ódio antigo entre o PS, desde Lurdes Rodrigues, e os professores… Esse ódio manifestou-se muito recentemente em decisões que envolviam o PS e alguns peixes de águas fundas , dentro do aparelho socialista ( sei muito bem do que estou a falar…) … Não é por acaso, nada na política é um acaso… que as reações sejam poucochinhas em casos de agressão a professores , repare-se que na área da saúde já irão tomar medidas , mais do que urgentes… Tem haver com esse despeito…
O senhor Ministro da Educação, lamento dizê-lo , não se trata sequer de discordar com as atuais políticas do ME, não tem dimensão, não tem capacidade, é absolutamente medíocre como político e desonra o serviço ao Estado e à República… Lamento!