A notícia do novo ranking que já se encontra a caminho está no DN de hoje. O novo indicador, apresentado pelo secretário de Estado da Educação João Costa, chama-se “Percursos diretos de sucesso“, foi desenvolvido pela Direção-Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC) e procura ir mais além do polémico ranking anteriormente realizado pelo ME. Pretende comparar alunos comparáveis cruzando dados da avaliação interna e externa valorizando não os resultados obtidos, puros e duros de uma avaliação interna ou externa, mas a sua evolução.
Cito o secretário de Estado da Educação João Costa:
“Uma escola que recebe alunos de nível dez e os leva a 17 é uma escola muito melhor do que uma que recebe alunos de 15 e os leva a 17.”
Nem mais, senhor secretário de Estado da Educação! E, muito embora ainda sem mais conhecimento da operacionalização desta nova metodologia, arrisco-me a afirmar que o país vai acordar um dia destes com algumas surpresas absolutamente surpreendentes e inesperadas para os mais desinformados e desatentos ou mal intencionados nestas coisas de Escolas que ministram um ensino de qualidade.
Veremos. Veremos quais são as escolas que mais ajudam os alunos a progredir e a melhorar o seu desempenho.
Entretanto a Fenprof não baixa os braços e reunirá já na próxima sexta-feira com o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues para discutir a necessidade da devolução da gestão democrática às escolas.
Sem dados para o que vou escrever, arrisco-me a afirmar que esta é uma das exigências mais consensuais entre os professores.
Mas a Fenprof leva igualmente outras preocupações agendadas tais como: o desgaste e envelhecimento do corpo docente; a instabilidade e a precariedade na profissão; os horários de trabalho onde se confundem actividade lectiva e não lectiva; a burocracia; o congelamento das carreiras…
Por último, uma notícia de Clara Viana, saída no Público e que nos deve preocupar a todos:
“Novo indicador do desempenho das escolas vem confirmar que o nível de insucesso no secundário é elevado, mesmo nas escolas públicas que mais se destacam nos rankings feitos com base nas notas dos exames.”
Deve estar a escapar-me qualquer coisa muito básica.
É que estive a explorar o InfoEscolas e não consegui produzir qualquer ranking. Apenas vejo cada escola de per si.
Qual é o truque para elaborar o ranking?