Quando é para dizer mal é para dizer mal, mas quando algo é positivo temos de aplaudir a medida. Sou apologista do uso das novas tecnologias para facilitar o nosso trabalho e para permitir um acesso mais rápido à informação. Com os meios que existem, não se justifica ainda termos escolas a fazer sumários em livros de ponto, diretores de turma a contarem as faltas para inserir no sistema e telefonemas a terem de ser feitos para informar os pais das faltas dos alunos. A tecnologia já existe, algumas escolas estão claramente na vanguarda, outras ficaram para trás. A tutela deve uniformizar procedimentos e pela bitola da qualidade. Que se confirmem estes intentos e quando mais rápido melhor.
PAIS CONTROLAM FALTAS DE ALUNOS NA INTERNET
Os encarregados de educação vão passar a ter acesso pela internet ao número de faltas dos filhos, aos sumários, às datas dos testes e aos resultados dos mesmos. A informação estará disponível a partir de 2016 através do SIGA (Sistema Integrado de Gestão de Alunos), plataforma ainda em desenvolvimento que ficará alojada no Portal das Escolas, anunciou ontem o Ministério da Educação e Ciência (MEC). “O SIGA terá também um sistema de alertas disponível para diretores de turma, diretores de escolas e encarregados de educação para detetar situações de risco de insucesso ou abandono”, disse Teresa Evaristo, da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, numa sessão pública no Teatro Thalia, em que o MEC apresentou o trabalho de modernização administrativa feito em quatro anos de legislatura. Outra novidade é que o SIGA terá toda a informação sobre o percurso escolar do aluno desde o 1º ao 12º ano: em que turmas andou, os professores e as notas que teve, as faltas que deu ou o seu contexto socioeconómico. “Com esta informação, será possível fazer múltiplos estudos para perceber condicionantes do sistema”, disse Teresa Evaristo. O ministro Nuno Crato destacou o trabalho feito para reduzir a burocracia, frisando que os professores estão mais libertos, dando como exemplo o “sistema de avaliação”. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que chegou no final da sessão, disse que o tempo gasto pelos docentes em tarefas administrativas está “na média da OCDE”, mas prometeu trabalhar para aprofundar essa vertente.