Nem vou entrar pela questão dos professores pois estes são adultos, só têm férias em agosto – ver A Verdade Sobre as “Férias” dos Professores – e que remédio têm eles que não aguentar, até para evitar o discurso do coitadinho, apesar de desmotivados, frustrados e congelados… Será esta a melhor forma de elevar a qualidade do nosso ensino? Julgo que não, sei que não…
Para 2016/2017 as aulas começam ligeiramente mais cedo e acabam mais tarde. As pausas letivas são iguais, logo temos mais semanas de aulas, atingindo a enormidade de 14 semanas no 1º período.
Para quem disse que era necessário reduzir a carga letiva, nomeadamente no 1º ciclo, ajustando metas e currículos, aumentar o calendário escolar é contraproducente, pois se de facto querem implementar tais medidas, vamos passar dias em modo ATL tão de agrado dos pais.
E se existia algum pudor em entrar verão adentro com mais aulas, sendo esse o motivo para evitar o prolongamento das ditas, agora que essa fronteira foi galgada pergunto: o que falta fazer para incluir uma pausa no 1º período, prática comum em muitos países europeus?
Parece que o Ministério de Educação fez um esforço para ir ao encontro das pretensões parentais, ao contrário das pretensões dos professores – ex: pré-escolar – que pediam para terminar ao mesmo tempo que os seus colegas. Além de não terem sido sensíveis aos seus argumentos, prolongaram o 1º ciclo. Porquê?
Parece-me a mim que a função do Ministério de Educação é dar condições para que o processo de ensino aprendizagem decorra de forma otimizada, sem cansaços desnecessários, tendo em conta seus diversos intervenientes.
Não sei se estamos perante um marcar de posição sobre a escola a tempo inteiro, mas se não estamos, lá que parece, parece…
Aulas arrancam a meio de Setembro e 1.º ciclo termina mais tarde
(Luciano Alvarez)
E agora uma ideia que merece reflexão e a minha concordância por este motivo:
“Vamos ter um primeiro período com 67 dias de aulas, o segundo terá 54 e o terceiro será de 29 dias, no caso dos alunos do 9.º, 11.º e 12.º ano”, sublinhou Filinto Lima.
Nota: para quem vai dar, como costuma dar, o mesmo peso avaliativo aos três períodos, talvez devesse ajustar a sua avaliação à realidade…