Talvez pela sua tenra idade, o governo manifesta graves problemas na sua lateralidade. Para a maioria das pessoas, distinguir a esquerda da direita é um dado adquirido, mas para as “Assembleias das Repúblicas” não é bem assim… Hoje ficámos a conhecer o orçamento de estado para 2016, apresentando um tom rosa avermelhado, mas ao ser visto ao microscópio, ficamos com a clara sensação que as suas tonalidades são mais para os laranjas e azuis, numa cortesia da UE.
Para a educação, a expectativa era que ao menos os cortes não fossem maiores, mas afinal o poço não tem fundo. Mas a surpresa maior… perdão… mas o escândalo maior, é o aumento de 6% para o ensino particular e cooperativo.
E com isto, lá se foi a graça e começa a desgraça…
Depois de ter sofrido um corte de 13% em 2015, o maior de todos os Ministérios, o orçamento para o ensino básico e secundário volta este ano a descer.
De acordo com a proposta do Governo, o Ministério de Tiago Brandão Rodrigues contará este ano com 5.843,3 milhões de euros. As dotações para a educação pré-escolar caem 1,2%, apesar de o ministro apontar a universalização da oferta do pré-escolar entre os três e os cinco anos como uma das medidas prioritárias do seu mandato.
Em sentido contrário, com um ganho de 6%, estão as transferências do Estado para o ensino particular e cooperativo, que este ano terão um aumento de 14,4 milhões de euros.