Entramos na fase do diz que disse, das pressões, dos jogos de bastidores. Entretanto a UGT decidiu saltar fora e coloca a FNE numa posição delicada.
Não aprecio estes jogos políticos e estas fraturas sindicais que só incentivam a desunião da classe.
Uma greve aos exames é um tema fraturante e não se pode querer união quando nem os próprios sindicatos estão de acordo. Como referi, esta greve é um tiro nos pés e ninguém, inclusive os seus promotores vão ficar bem na fotografia.
Apesar de tudo, espero que o bom senso impere e que tudo isto valha efetivamente a pena.
Em declarações do Ministro da Educação ao Expresso, hoje, parece depreender-se que estão em curso reuniões ou contactos pelo menos informais para se evitar a greve marcada para 21 de junho.
Infelizmente não é isso que está a acontecer, o que contradiz a intenção anunciada pelo Primeiro-Ministro e o que se pode depreender do que o Ministro hoje diz.
Da parte da FNE existe total disponibilidade para reunir e para procurar respostas para as legítimas razões que sustentam a greve anunciada. Para a evitar, é preciso que o Ministro da Educação queira assumir compromissos claros e calendarizados, para as questões que estão suscitadas: o tempo de trabalho dos professores, a precariedade, o descongelamento das carreiras e a aposentação.
João Dias da Silva
Greve dos professores: Ministro da Educação diz que está a dialogar com os sindicatos
(Expresso)
“Estamos neste momento, como sempre, em diálogo com as organizações sindicais, também com outros atores que fazem parte da educação porque o caminho faz-se de diálogo e o diálogo continua”, disse ao Expresso Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma cerimónia sobre os 30 anos do Programa Erasmus, que decorre em Estrasburgo.
Sindicato da UGT não adere à greve de professores de 21 de Junho
(Público)
O Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (Sinape) anunciou nesta quarta-feira que não adere à greve que a Federação Nacional de Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE) convocaram para o próximo dia 21, data em que se realizam vários exames do 11.º ano.
À semelhança da FNE, o Sinape faz também parte da UGT. Em comunicado enviado à comunicação social, este sindicato diz haver “grandes razões para a greve”, mas considera que este “não é o momento certo”. “Não faz sentido estar a preparar os alunos para depois os prejudicar nos exames”, justificou ao PÚBLICO o secretário-geral do Sinape, Francisco Pinto.
Repare-se no título da notícia.
FNE não adere à greve. Vai-se a ler e é o sinape que não adere.
Espera-se que a FNE roa a corda, mas ainda não é essa a realidade.
Por enquanto.
Eu não disse que a FNE não adere à greve. Chamei a atenção no título que a FNE pertence à UGT.
Se quisesse dizer que a FNE não ia fazer greve tinha escrito isso.
Ok, Alexandre.
As minhas desculpas.
Sempre aceites e nem era preciso;-)