A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai doar 10 mil euros ao Instituto Ricardo Jorge e associar-se à divulgação das campanhas de solidariedade em curso, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.
A maior organização sindical de professores anunciou esta sexta-feira, em comunicado, que decidiu contribuir para “a aquisição de material necessário aos serviços públicos de saúde”, que “tão boa resposta têm dado” num momento difícil da vida dos portugueses.
No documento, a Fenprof reitera a solidariedade e o orgulho já manifestado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos seus profissionais.
“A Fenprof estende o seu apreço a todos os trabalhadores de serviços essenciais para a superação do grave problema de saúde pública que se vive (bombeiros, forças de segurança, trabalhadores do comércio, de produção de bens essenciais, trabalhadores que continuam a recolher o lixo todos os dias, entre outros) e afirma que a valorização do trabalho e dos trabalhadores não pode ser uma atitude meramente conjuntural em resultado da situação pandémica que Portugal enfrenta”, lê-se no documento emitido pela organização, após reunir o secretariado nacional.
A estrutura sindical lembrou também, de forma solidária, todos os trabalhadores que perderam o emprego ou viram os contratos de trabalho suspensos, devido à atual crise provocada pelas medidas de isolamento destinadas a combater a propagação do novo coronavírus.
Juntamente com esta posição, a federação reitera os alertas já expressos sobre o ano letivo em curso, de forma digital, alertando mais uma vez que nem todos os alunos e professores têm os meios técnicos adequados ao seu dispor para a prossecução das atividades letivas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 54.000 morreram.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 560.000 infetados e perto de 39.000 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais: 13.915 óbitos, em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.
Em Portugal, segundo o balanço feito esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 246 mortes, mais 37 do que na véspera (+17,7%), e 9.886 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 852 em relação a quinta-feira (+9,4%).
Dos infetados, 1.058 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, mantém-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Fonte: Correio da Manhã
E os professores carenciados já são bastantes?