Reabrir as escolas ao ensino presencial só deverá ocorrer quando os casos de infeção atingirem uma média diário de 3500 a 4 mil casos, defende Manuel Carmo Gomes e os epidemiologistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que têm apoiado o Governo. Pressão de testagem e vacinação deve manter-se ou país arrisca nova vaga. Na segunda-feira escolas retomam aulas em ensino remoto. Governo volta a avaliar situação passado duas semanas.
Para o especialista é fundamental não se baixar a testagem e aumentar a vacinação, adiando a segunda toma. “Caso contrário, as restrições podem arrastar-se até abril ou arriscamos uma quarta vaga por causa do predomínio da variante do Reino Unido”.
Na segunda-feira escolas retomam aulas em ensino remoto. Governo volta a avaliar situação passado duas semanas. O regresso ao ensino presencial deve ser “muito faseado e gradual, devendo começar pelos mais novos”, isto é, pelo Pré-Escolar e 1.º ciclo, defende.
Em março de 2020, recorda o perito, demorou-se cinco semanas a baixar de uma média diária de 800 para 400 casos. “Neste momento, a média diária é de 6500 casos . Se mantivermos o confinamento, é possível atingir os 3500-4000 casos até fim de fevereiro”, estima.
O atual Estado de Emergência termina no dia 14 e deve ser reavaliado na próxima semana. Manter o confinamento durante todo o mês de fevereiro permitirá ganhar tempo para mais vacinações. Manuel Carmo Gomes, membro da comissão técnica de vacinação, tem defendido o adiamento da segunda toma para seis semanas, no caso das vacinas da Pfizer e da Moderna, e 12 semanas na da AstraZeneca.
Fonte: Dinheiro Vivo