O Secretário de Estado João Costa deu uma entrevista ao Jornal I onde abordou uma série de assuntos, desde o acesso ao ensino superior, a inclusão, os manuais escolares e a sua pièce de résistance, a flexibilização curricular.
A minha opinião mantém-se, identifico-me com as ideias de autonomia, flexibilização e inclusão do SE, onde a sua abordagem macro é difícil de ser questionada, pois os fundamentos da argumentação são, evidentemente, válidos.
E para mim fica cada vez mais claro que o acesso ao Ensino Superior será seguramente a grande alteração no modelo educativo, caso o PS se mantenha no Ministério da Educação.
A minha divergência com a política do atual Ministério da Educação é nos pilares que sustentam a flexibilização e o caminho que esta está a querer levar. A formação dos professores, as condições das escolas, a falta de tempo para articulação entre pares e a velocidade com que se quer impor uma mudança tão estrutural, tornam este edifício educativo instável, sem garantias que o mesmo não seja demolido com a próxima ventania ideológica.
Seja responsabilidade do Ministério da Educação, seja responsabilidade dos diretores, querer considerar tudo como sucesso, pode levar a uma certificação de incompetência que a médio prazo pode tornar-se bastante penosa para a sociedade. É uma via aberta para o facilitismo, pois os alunos e os pais podem deduzir que o sucesso está sempre garantido, trabalhe-se muito, pouco ou assim assim, saiba-se muito, pouco ou assim assim…
Percebo que a motivação dos alunos é essencial para o seu sucesso, mas convém não esquecer que a motivação dos professores é igualmente fundamental. Neste campo e apesar de não ser o campo de João Costa, o ME/Governo falhou de forma estrondosa.
Há custos pedagógicos que surgem por danos colaterais e o que se passou criou roturas quiçá definitivas em muitos professores.
Fica a entrevista:
Podemos concordar com algumas coisas que diz na entrevista… A verdade que ficará foi uma diminuição da exigência na Escola Pública… De boas intenções está o inferno cheio…
Quanto a questões essenciais como a indisciplina nas escolas; o reforço da autoridade dos professores; a mudança na eleição da liderança nas escolas; o reforço de meios para aplicação da nova legislação; o assumir que as questões de ordem económica devem ser resolvidas pelos políticos e não pela escola, nem um pio… Que vá depressa que não deixa saudades, mas fumo e cinzas!
“apesar de não ser o campo de João Costa”
De certeza que não é o campo de JC?
Eu ainda não me esqueci que a portaria que reduz os conselhos de turma a meras reuniões administrativas traz a assinatura aqui do homem das pedagogias…
A carreira é da competência da Alexandra Leitão.
Abraço
Retrato fiel das nossas escolas ditas públicas. Urge mudar. Aposte-se na Formação de Professores.
Vá você às formações que a maioria dos professores não concorda com a patranha da flexibilização e muito menos no demagogo do secretário de estado… Ou a Maria não sabe ? Acha , por acaso, que a maioria dos profissionais apoia a venda desta banha da cobra? Da minha parte nem uma formaçãozinha nesta idiotice, e garanto que não sou o único !