Quando li o título disse para mim mesmo, “aleluia, é sinal que a procura aumentou e que o Governo abriu mais vagas para combater a escassez de professores a médio/longo prazo”. Só que ao ler o conteúdo, tal não foi o meu espanto ao constatar que as vagas destinam-se a professores auxiliares e professores catedráticos. Ora bolas, não é que não sejam necessários, mas se não existirem professores no Ensino Básico e Secundário, como é que os alunos vão chegar ao Ensino Superior?
Ensino Superior com mais concursos para professores em 2019
As instituições de Ensino Superior abriram em 2019 mais 948 concursos para a carreira docente do que em 2018, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
De acordo com uma nota do ministério, em 2018 tinham sido abertos 200 concursos e em 2019 foram abertos 1148, o que representa seis vezes mais.
Entre os 256 concursos abertos em 2019 pelos institutos politécnicos (em 2018 abriram 22), 248 dirigiam-se a professores coordenadores e oito para professor coordenador principal.
Segundo a tutela, este crescimento resulta de um processo de mobilização institucional que responde a um compromisso entre o Governo e as Instituições de Ensino Superior para rejuvenescer e modernizar as carreiras dos corpos docentes e de investigação, através da “abertura, mobilidade e diversificação de carreiras dos corpos docentes e de investigação”.
O acordo entre as instituições de Ensino Superior e o Governo para o triénio 2020-2023 prevê que mais de dois terços dos docentes das universidades e 70% dos docentes dos politécnicos estejam integrados em posições de carreira até 2023 e que destes a maioria seja ocupada por professores auxiliares e catedráticos, no caso das universidades, e professores coordenadores e coordenadores principais, no caso dos politécnicos.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior recorda que estes compromissos pretendem aproximar Portugal da Europa até 2030, nomeadamente em relação aos objetivos de “alargar a base social para uma sociedade baseada no conhecimento”, diversificar e especializar o ensino superior, promover a “integração entre educação, investigação e inovação” e a “aprofundar e expandir a internacionalização do ensino superior”.
Fonte: Correio da Manhã
Aproximar Portugal à Europa com concursos internos feitos à medida do freguês???
LOL LOL