Houve 40 reformas curriculares nos últimos dez anos
(Jornal I – Ana Petronilho)
Cada vez mais me convenço que só vamos ter paz nas escolas e nas “guerrinhas” que envolvem a Educação, no dia que existir um pacto com a duração mínima de 10/15 anos. Os professores deixaram de acreditar nas reformas dos nossos políticos e mais grave ainda, muitos deixaram de acreditar no papel dos seus representantes. Cada governo que chega pretende deixar a sua marca, e a Educação é uma das pastas preferidas, fruto de várias paixões mais ou menos assumidas…
Não é a primeira vez que as sucessivas reformas no ensino português são questionadas. Tanto o Conselho de Escolas como as associações de diretores reclamam há anos um pacto alargado para a Educação entre os partidos do arco da governação, de forma a que algumas mudanças se mantenham em vigor além do prazo de uma legislatura.
Enquanto aguardamos pela operacionalidade das eventuais alterações que se afiguram, determinantes para juízos de valor palpáveis sobre o que até agora foi dito. Os professores vão desabafando nas salas de professores, que mais uma vez vão ser peões de algo muito acima deles. E a verdade é mesmo essa, não passamos de meros peões caros colegas…
Se não pensam em nós professores, ao menos pensem nos alunos…
Avaliações há muitas. Mas ou não são publicadas ou são ignoradas. Por exemplo:
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/10430
http://www.dge.mec.pt/avaliacao-externa-do-novo-programa-de-matematica-do-ensino-basico
Não sabia que havia 4 reformas por ano. Isso não é um exagero para vender papel?