Entre Janeiro e Maio do corrente ano, os empréstimos à habitação e ao consumo – essencialmente automóveis, novos – cresceu, respectivamente, 52% e 25%, relativamente a 2014.
Estamos a níveis, nestas áreas, nestes créditos, de antes da crise, de antes da troika!
Entretanto no mesmo período deste ano de 2015 o crédito às empresas teve o comportamento inverso. Não se financiam as “empresas” para “financiar” as famílias na habitação nova e consumo, mormente automóvel novo?
“Isto” é um regresso em pleno em força aos tempos pré-crise que nos empurraram para a crise!
“Isto” é, todos terem feito de conta e nada terem aprendido que o caminho desde inícios do século corrente, e até há 5 anos atrás era errado e daria mau resultado. E cá estamos a fazer exactamente o mesmo, felizes e contentes. E a culpa nunca é nossa é sempre dos outros. Sempre!
E, o mais grave é não haver ninguém, ninguém, de lado algum, nesta campanha eleitoral que começou no início do ano – finais de 2014 – e não tem fim, e conteúdo, falar abertamente neste problema. Parece que não está a acontecer! Parece que é inverdade. Mas não é!
E andando nas ruas de olhos, normalmente abertos – se não quisermos acreditar nos números, nas percentagem – , neste nosso pobre País, vemos um enxamear de automóveis novos, novos, de alta cilindrada, dos melhores, dos últimos modelos, alguns ainda não vistos a circular, a serem passeados garbosamente por quem os conduz!! Inverdade? Mentira?
E, vemos basta não fechar o olho, algo que também as “vistas”, já há muito não víamos: guindastes por todo o lado, obras novas de raiz a serem feitas, como se pensava não voltaria a acontecer. Inverdade? Mentira?
Achou-se, erradamente, que se iriam restaurar todas ou as necessárias habitações antigas que as há ,por todo o lado, e as que foram iniciadas e não concluídas. Mas! Não! Inverdade? Mentira?
E não quisemos aproveitar tantos, mas tantos automóveis semi-novos que estão aí à venda, em tantos stands. Que já foram importados, que já fizeram sair divisas, são recentes, e vamos importar novos, novinhos, para aumentar importações, não aplicar dinheiro na Economia real e o País não crescer.
Mas não vemos/ouvimos um único político em eleitoral/campanha, falar nisto. É unicamente dizer mal uns dos outros, falar na reestruturação da dívida, no baixa/sobe impostos, mas estas coisitas, estes aumentos de 52% e 25% em habitação nova e consumo, essencialmente automóveis, não é problemático. Inverdade? Mentira?
Seja, mas assim, não vamos dar a volta e ter todos, um tempo melhor! Inverdade? Mentira?
Augusto Küttner de Magalhães