Em finais de Julho de 2016, o Papa Francisco, prestou uma homenagem em “silêncio” às vítimas do Holocausto, entrando sozinho no portão de Auschwitz, e esteve sentado durante vários minutos em silêncio e oração, beijou depois um dos postes onde os prisioneiros eram mortos.
O Papa Francisco está na Polónia desde 27.07.2016, para assinalar o aniversário da declaração do cristianismo como religião oficial do país e a presidir às Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam este ano em Cracóvia.
O Papa já há muito que tinha definido homenagear as vítimas de Auschwitz nestes moldes, sem discursos, sem multidões, neste local de horror, fez o que deve ser feito nestes lugares de desumanidade /humana.
Em Auschwitz e Birkenau, morreram 1 milhão de Pessoas, maioritariamente Judeus, mas também ciganos, homossexuais e desobedientes a Hitler, “queimados, torturados”! e “isto” aconteceu aqui na nossa Europa e não faz tanto tempo como parece .
Para um descendente de mãe, avó e avô que fugiram em 1938 – Anschluss- de Viena dos terrores do Nazismos, e mesmo não sendo crente – em nenhuma Religião – tem grande admiração pelo que o Papa Francisco por todo o lado tão bem tem feito, pela humanidade.
Visitou Lampeduza para ao vivo estar junto ao terror dos Refugiados que morrem e alguns sobrevivem no Mediterrâneo, a fugir de destruição total nos seus Países como Síria e não só.
Tem apelado à Conciliação entre Religiões, à Inclusão, à União, ao respeito de Humanos por Humanos por todo o lado, neste tempo em que tantos, tantos, outros desprezam, matam, tratam mal, por dinheiro, por poder, por 5 minutos de mediatismo/ fama, por nada mais saberem fazer, por religiões, tudo sendo pretextos para o fazer.
A excessiva mediatização de tudo ao segundo, deve auto-regular-se. E esta visita do Papa Francisco neste momento a Auschwitz e Birkenau, terá tido o tempo necessário e suficiente de visualização – sem palavreado inútil, como o próprio tão bem fez – de forma a não ser algo banalizado, como hoje, quase tudo o está a ser, para de imediato esquecer.
Sigamos este exemplo do Papa Francisco, aprendamos com a História e a Memória se nunca o quisemos ou podemos fazer, ou esquecemos o que nos ensinaram, e, essencialmente evitemos matarmo-nos, por que sim.
Afastemos os desrespeitos recorrentes pelo ser humano, consideremo-nos antes de tudo o ser mais importante à face da Terra e como tal e evitemos mais desordens, mais confusões, mais desastres, mais terrores que nos podem uma vez mais estar aqui a espreitar e a querer entrar na III Guerra Mundial, da qual segundo as previsões de Einstein – que não se costumava enganar – sairemos tão mal, que ao tudo destruir a IX Guerra Mundial será com paus e pedras.
E mesmo sem ser crentes, olhemos o Papa Francisco com admiração, não perdermos os “parentes na lama” por o fazer, nem a ascendência judaica ou outra que possamos ter tido!
Augusto Küttner de Magalhães
“Pouco depois da minha chegada, fui à enfermaria. Atrás de uma porta entreaberta vi corpos nus e empilhados como pedaços de madeira, numa pilha com cerca de um metro de altura. Eram pessoas que a SS [braço armado do partido nazi] classificou como inaptas para trabalhar e que foram mortas com uma injeção no coração. Quando fecho os olhos, continuo a ver esta imagem”.
Mas Fros
“Senhor, tende piedade do teu povo, Senhor, perdoa tanta crueldade”
(Palavras deixadas pelo Papa no livro de honra de Auschwitz)