Se a concordância na atribuição de horários completos a professores do quadro faz todo o sentido, não faz qualquer sentido que tal seja feito em fases distintas. Compreendo que existam motivos para alguns horários surgirem à posteriori, nomeadamente problemas de saúde ou licenças de maternidade/paternidade [email protected] [email protected]
Mas o que se viu ontem com a RR1, é que os QZP tinham razão para a sua fúria e revolta. Segundo o blogue DeAr Lindo, foram mais de 200 os horários completos atribuídos a professores de carreira, num total de 1609 professores de quadro colocados. Se somarmos a esses, os mais de 1000 horários completos que foram atribuídos a professores contratados, percebe-se bem o porquê de tanta indignação.
E tudo isto porque nas colocações a 25 de agosto, muitos horários não foram publicados conforme criticaram os professores QZP.
Conheço casos de colegas que são do Norte e foram disparados para o Algarve e que ontem viram horários completos e incompletos serem atribuídos a colegas menos graduados na zona onde pretendiam ficar.
Mas afinal para que serve estar à frente na lista de graduação?
Estes professores mais graduados vão ter mais despesas, vão estar longe dos seus familiares e foram colocados nas suas últimas preferências.
Mas o concurso de professores é fértil em injustiças e não é de agora.
Estes (alguns/muitos) mesmos professores que agora se queixam, no passado já tiveram a sorte de estar com ausência da componente letiva (DACL), passando à frente de muitos outros colegas mais graduados.
Os professores de quadro de escola menos graduados, ultrapassaram colegas de quadro de zona pedagógica com mais tempo de serviço e o motivo é o mesmo de sempre, as prioridades.
Os professores contratados, que são colocados em horários incompletos e na semana seguinte surge um horário completo que “cai” no colo de um colega pior graduado.
E para terminar, a injustiça das injustiças, os recorrentes concursos de vinculação extraordinária.
Desculpem-me o tom em modo conversa de café, mas isto é estúpido e não faz qualquer sentido. Não conheço outro país Europeu que tenha um sistema de concurso como o nosso, onde reina a confusão, com toneladas de leis, prioridades sem sentido, inúmeras fases e com tanto recurso humano canalizado para o efeito. Um concurso que nem sequer tem em consideração a competência do professor.
E depois anda tudo a discutir uns com os outros, com o Ministério de Educação a manter os erros dos seus antecessores, exceto a colocação dos professores antes dos primeiros conselhos de turma, uma novidade este ano.
Deixem, o que vale é que daqui a uns meses temos novo concurso extraordinário…
P. S: o blogue Professores lusos apresentou uma proposta que merece ser analisada.
É claro que já toda a gente percebeu que as duas fases de colocação que o ME fez deviam ter sido uma só.
Já toda gente percebeu que se tratou de uma borrada sem justificação.
Mas como quem governa é “de esquerda”… os jornais nem tocam no assunto.
O Crato deve estar a rebolar-se de gozo!
E os QA não foram prejudicados?????
Os QA foram bastante mais prejudicados do que os QZP, pois na mobilidade interna estão atrás deles!!!! Não entendo a frase “Os professores de quadro de escola menos graduados, ultrapassaram colegas de quadro de zona pedagógica com mais tempo de serviço e o motivo é o mesmo de sempre, as prioridades.”, pois os QZP concorrem na segunda prioridade e os QA concorrem na terceira!!!!!! Aconteceu exatamente o contrário!!!! ficaram três colegas de QZP com graduação bastante mais baixa do que a minha a 10/15 km de casa e eu, por ser de QA, estou a 60km de casa!!!! Não entendo este comentário!!!!!!!
Se olhar com atenção para as prioridades e listas do concurso interno, talvez consiga entender o comentário!
Municipalização imediata do Concurso de Professores. Desta forma fica o assunto encerrado.