Depois dos:
ex-governantes…
Estes resultados são conhecidos depois de, na semana passada, se terem multiplicado as declarações de regozijo, sobretudo de ex-governantes, por os dados relativos a 2014/2015, então divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência darem conta de uma redução substancial dos chumbos pelo segundo ano consecutivo.
alunos…
Os alunos com quem o PÚBLICO falou no dia da prova de Matemática, a 21 de Junho, consideraram que a prova até tinha sido “mais acessível” do que a de 2015.
professores…
Nas escolas professores consideraram que as questões colocadas correspondiam à matéria dada em sala de aula.
terem dado bons indicadores sobre o exame do 9º ano de Matemático surgem agora más notícias. Convém lembrar que o mandato de Nuno Crato tornou esta disciplina a “rainha” do ensino e também convém lembrar a elevada carga letiva que ela usufrui, quando comparando com outras áreas curriculares, inclusive de outros países europeus…
Assistimos agora a um desastre que deve fazer refletir o modelo vigente.
Porque razão esta aposta em quantidade não surte os efeitos desejados?
Morre assim a ideologia de Nuno Crato de um ensino centrado nas disciplinas nucleares, mesmo a Português os resultados não passam de um satisfatório (57%).
Quais são as causas? Serão os alunos? Os professores? Os pais? As metodologias de ensino? Os currículos? As metas? A indisciplina?
Talvez um pouco de tudo, mas inclino-me claramente para as últimas quatro. Quem de direito que olhe para estes resultados e não tente doirar a pílula só porque agora está no poder.
Só resta saber se este acidente vai-se estender à via nº 12 e se afetará outros cruzamentos…
Dizer que o comunicado do governo está a doirar a pílula é, no mínimo, má-fé!
Eu má-fé??? Lembro como começa o texto “As provas finais do 3.º ciclo do Ensino Básico de 2016 tiveram, na 1.ª fase, «correlações positivas bastante acentuadas»”