Um aluno “vítima de bullying” levou para uma escola situada na zona de Belém, em Lisboa, uma arma de fogo, que “foi roubada pelo agressor”, anunciou esta sexta-feira o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP.
Após um aluno, vítima de bullying, ter levado para a escola que frequenta uma arma de fogo, pertença de seu pai, foi a mesma roubada pelo seu agressor, tendo este levado a arma para parte incerta. Na sequência de diligências junto da progenitora da vítima foi apurado que o menor teria, sem o seu conhecimento, retirado essa mesma arma de fogo de um interior de um cofre pertencente ao seu pai, onde supostamente estariam duas armas”, refere o Cometlis, em comunicado.
Fonte policial explicou à agência Lusa que a vítima, de 14 anos, levou a arma de fogo para a escola em 20 de setembro, dia em que o alegado agressor, de 17 anos, a roubou durante uma conversa. Contudo, a escola só soube desta situação na quinta-feira, 3 de outubro, quando, após mais um episódio de agressões, o ofendido contou aos responsáveis da escola que “já sofria bullying desde o início do ano letivo” e que por isso tinha levado a arma para o estabelecimento de ensino “para se proteger”.
A mesma fonte acrescentou que o suspeito de 17 anos foi constituído arguido e que foram identificados mais quatro alunos, três dos quais suspeitos de fazerem parte do grupo que cometia o bullying sobre a vítima.
No comunicado, o Cometlis indica que no decorrer de diligências realizadas posteriormente “não foi possível apurar o paradeiro da arma” que havia sido roubada ao menor, “tendo sido constituído arguido o principal suspeito dos factos”. Segundo o Cometlis, as armas do pai da vítima “estariam em situação ilegal”.
“No âmbito do programa Escola Segura, salienta-se a estreita parceria com as direções dos estabelecimentos de ensino, progenitores e encarregados de educação e próprios menores que, em consonância de esforços, resultam em ações desta natureza daqui prevenindo-se os riscos associados a condutas reprováveis”, pode ainda ler-se no comunicado do Cometlis.
Fonte: Observador