Recuperação total do tempo de serviço congelado, progressão para todos os professores no 4º e 6º escalão, estudo aprofundado da indisciplina escolar, suplemento de insularidade de cerca 150 € anuais (para alguns professores), concursos a tempos e horas, e agora renovação do parque informático.
Se a Madeira consegue isto tudo ao abrigo da autonomia, então venha a regionalização em força para que alguns distritos consigam seguir os seus passos.
Existe uma clara diferenciação entre os professores das Ilhas e do Continente, professores com o mesmo grau de formação, onde inclusive a maioria até tirou o curso no Continente. Não se trata de criticar os colegas que por lá lecionam, de todo, devemos elogiar a postura dos Governos Regionais e estar felizes pela valorização do trabalho docente, provando assim que é possível em Portugal ser professor com o reconhecimento e estatuto que merecem.
E ainda por cima têm sempre vista para o mar e as famílias com professores nunca ficam separadas por 400 km ou mais…
840 computadores para alunos entregues a 50 escolas
Ficou concluída a renovação do parque informático das escolas na Madeira, depois de a secretaria regional da Educação, Ciência e Tecnologia ter dotado 50 estabelecimentos de ensino com computadores, monitores, um computador portátil e um projector por escola.
A renovação do parque informático das escolas da Região arrancou em 2016 e, com as entregas dos últimos equipamentos em Janeiro…
Boa tarde.
Seria conveniente explicar detalhadamente em que moldes cada um dos elementos referidos se processa: recuperação total do tempo de serviço congelado, progressão para todos os professores no 4º e 6º escalão. Isto para evitar deturpações e maledicências de colegas que só sabem maldizer quem luta pelos seus direitos e os alcança.
Por outro lado, é muito fácil esquecer as limitações dos docentes das Ilhas no que respeita ao contacto com a família. “Nunca ficam separadas por 400 km ou mais” mas para estar com a família, por exemplo, nos períodos de interrupção letiva chega-se ao ponto de gastar 400 euros por pessoa ou mais, pois não se arranja bilhetes de avião mais em conta. O mar de rosas de que se fala é muito relativo.
A juntar a isto, o arrendamento de imóveis para habitação nas ilhas não é propriamente fácil, no que respeita, quer aos valores envolvidos, quer às condições das mesmas.
Isto só para referir alguns pontos.
Neste sentido, quando publicarem algo sobre o trabalho dos docentes na Madeira, agradece-se que criem um texto menos falacioso.
Saudações,
Pedro Oliveira
Falacioso? Eu a pensar que os “madeirenses” iam agradecer e elogiar o que têm…
Mas disse alguma mentira?
E se quer comparar preços de alojamento, pergunte a quem está no Algarve, Lisboa, Porto, etc… Sobre o preço das viagens, varia bastante. Eu já fui aos Açores por 20€ e se quiser ir ao Porto gasto 100 e demoro 4 horas.
Não é falacioso mas é no mínimo muito superficial na sua análise e revela desconhecimento do “preço” da insularidade. De qualquer das formas a receita é fácil porque afinal de contas também já faltam docentes nas ilhas. Serão certamente bem acolhidos pelos madeirenses e por todos os continentais que, em tempos menos “atrativos”, aqui ancoraram em nome da sua paixão pelo ensino e muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais e familiares.
Vá à página do facebook do ComRegras… Muitas pessoas gostariam de regressar. Mas isto não é uma competição a ver quem está pior. O objetivo é ter as coisas boas que os outros têm, tal como referi no artigo.
Se não fosse um sonho não vinham para cá, temos jovens madeirenses com cursos e desempregados quem não tá satisfeito tem o areporto a funcionar ???????