A experiência do Inglês, no 3.º ano tem tido diversas facetas, em diferentes escolas e mesmo na mesma escola.
O horário pode ser um fator a ter em conta, quer para o professor de Inglês quer para a professor titular de turma. Uma aula a meio da manhã, duas vezes por semana pode cortar o ritmo de trabalho das aulas de matemática ou português, (com o entra e sai de professores) desorienta por vezes os alunos, desta faixa etária, todavia os resultados para o professor de Inglês são melhores do que numa aula de tarde.
O horário de um professor de Inglês foi distribuído por todas as turmas do 3ºano, pelo que foi quase impossível otimizar a sua articulação, ficaram pois turmas beneficiadas e turmas prejudicadas. Alguns professores do 1º ciclo, olham mesmo com desagrado a saída da sua sala, principalmente a meio da manhã.
Os tempos ocupados pelo professor de Inglês são em geral aproveitados, para o professor titular da turma dar apoio a alunos de outra turma, (apesar de ter ouvido relatos de escolas, que usam as horas para obrigar os professores titulares de turma a lecionar AEC) pelo que a sua inclusão no 4.º ano, daria às escolas mais professores com horas letivas disponíveis.
Era importante, antes de se introduzir o Inglês no 4.º ano, se fizesse um balanço, do que correu bem e do que correu mal, sendo certo que a implementação do Inglês, teve matrizes diferentes nas diferentes escolas, o que acresce a dificuldade de uma avaliação. A matriz curricular no 1.º Ciclo, não pode ser sujeita a um experimentalismo constante e a sua alteração deve ser efetuada depois de ouvidos os intervenientes, professores, pais e alunos.
http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/sobre-a-introducao-do-ingles-no-1-o-1009338
E o que dizer sobre a situação de Inglês a alunos que apresentam dificuldades específicas na leitura e escrita como dislexia, que apresentam bastante imaturidade no processo de leitura e escrita? E a avaliação negativa conta, no final do ano, para transição/não transição de ano? O que dizer?
Pior é alunos oriundos de paises de Língua Inglesa estarem a ter aulas de Inglês sem falarem Português.
http://www.arlindovsky.net/wp-content/uploads/2014/12/DL-176-2014.pdf
— No 1.º ciclo do ensino básico, a informação resultante
da avaliação sumativa interna materializa -se de forma
descritiva em todas as áreas curriculares, com exceção das
disciplinas de Português, de Matemática e de Inglês no 4.º ano
de escolaridade, a qual se expressa numa escala de 1 a 5.
É de facto complicado lecionar inglês e não interromper as aulas das curriculares, mas a música e a expressão físico motora também estão nas curriculares e não prejudicam as curriculares, é uma questão de interdisciplinariedade, e podemos dar continuidade ao que é trabalhado no português e na matemática assim como no estudo do meio. Existem ainda é muita falta recursos humanos, falo por experiência própria, pois na Região Autónoma da Madeira já se lecciona inglês desde o pré escolar até ao 4ano ha mais de 10 anos e nunca houve grandes problemas, é uma questão de adaptação do trabalho do inglês com as restantes áreas (disciplinas). Ainda este ano nas curriculares os alunos do 4.ano estiveram a falar sobre o terramoto de 1755 , depois na aula de inglês assistiram a um vídeo sobre o mesmo tema em inglês. Por isso é só ajustar o trabalho e trabalhar em grupo e todos para o mesmo… Feliz Natal