A primeira coisa que me ocorreu sobre a polémica dos livros de exercícios para meninas e meninos da Porto Editora, foi a mesma de Ricardo Araújo Pereira, mas quem é a besta que faz livros com graus de dificuldade diferentes para rapazes e raparigas em 2017 e como é que a Porto Editora deixou passar isto em claro?
Mas segundo Ricardo Araújo Pereira, parece que as coisas não são bem assim… Ora reparem.
Vídeo original da TVI24
E esta era a notícia do Público de 22 de agosto.
O PÚBLICO comparou os dois livros, que foram publicados no Verão de 2016. O que é destinado a eles, chama-se Bloco de Actividades para Rapazes. O que se destina a elas intitula-se Bloco de Actividades para Meninas. No conjunto das 62 actividades propostas, existem seis cuja resolução é mais difícil no livro dos rapazes e três que apresentam um grau de dificuldade superior no das meninas.
Mas a maior parte das actividades reproduzem uma série de velhos estereótipos. Apenas alguns exemplos: eles brincam com dinossauros, com carrinhos e vão ao futebol, enquanto elas brincam com novelos de lã, ajudam as mães e vão ao ballet; eles pintam piratas, elas desenham princesas. O universo caseiro do lar surge muito mais associado ao género feminino do que ao masculino.
Livros de exercícios diferentes para meninos e meninas. Serão elas mais limitadas?
Eu como não tenho os livros, registo apenas a diferença de opinião. Cada um que tire as suas conclusões.
A Clara Viana sempre me inspirou muitas dúvidas.
Agora confirmaram-se…
Inspirou-lhe dúvidas? Mas essa senhora é a maior paladina contra a Escola Pública da Imprensa Portuguesa.
Mas não consegue ver, mesmo só pela capa, pelos artefactos, os espaços e as actividades, para que universos cada capa remete? As opiniões de um Docente sobre o seu mester baseiam-se nas opiniões dos cómicos? Que tipo de docentes são estes e como podem ensinar os nossos jovens a pensar criticamente? Se se pronunciam sobre o assunto, como podem acabar por dizer que dele lavam as mãos? O primeiro requisito ético do pensamento crítico é a procura diligente da informação para formar opinião. Mais do que confragedora, a atitude de certos professores é assustadora.
Eu não conheço os livros, por isso não vou dar certezas de algo que não vi, agora parece-me que a posição de RAP desmonta as acusações do jornal Público. Sobre as diferenças de género das capas não é por aí. Basta olhar para os cadernos e para as mochilas para ver que o sistema aplicado foi o mesmo, puro marketing.
Não se proíbem livros! Quem quiser compra ; quem os achar sexistas não compra!
Eu tenho os livros em questão. A posição do Ministério da Educação e da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género é inadmissível numa sociedade livre. Mas nada de admirar uma Europa em decadência onde o Relativismo Cultural; os ”achismos” sem ciência; a tentativa de alguns para que as suas ideias políticas, e morais, sejam a verdade absoluta… Ninguém me diz como devo educar os meus filhos!!!
Há um uma frase do iluminismo, famosa de resto, que diz tudo sobre o que expressei :”Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”! É claro que o Iluminismo não colhe muito no estranho tempo que vivemos!