Em 2008, ano em que os docentes também saíram em peso à rua, até a mulher do então autarca socialista, agora primeiro-ministro, se manifestou — era professora no activo. Era ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues. Na altura, António Costa recusou-se a comentar: “Acham que vou comentar a vida privada da minha mulher? Era o que faltava!”, declarou o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
A partir de um determinado momento, os orçamentos admitiam a existência de promoções nas forças de segurança e nas carreiras militares, desde que devidamente autorizadas pelo ministro das Finanças.
Maria de Lurdes Rodrigues e Nuno Crato, ex-ministros da Educação, reconhecem que, apesar de o modelo de avaliação de docentes que desejavam não ter vingado, os resultados dos alunos melhoraram.
Nos últimos dez anos conseguimos melhorar as aprendizagens e os resultados dos alunos, como não tivemos êxito na consolidação da avaliação docente e isto aconteceu, tal significa que a avaliação dos professores não foi decisiva para a melhoria registada. (Público)
Mário Silva