Quando se diz que o jornal Público está ao serviço dos colégios privados só me dá vontade de rir…
Eis uma entrevista muito interessante de Samuel Silva a Antonia Darder, autora do livro que ainda hoje é uma referência – Cultura e Poder na Sala de Aula.
Fica o link e alguns excertos muito, mas mesmo muito interessantes…
“A educação tem que ser para todos e isso não se consegue com ensino privado”
(Samuel Silva)
“A questão com que estamos a lidar hoje, especialmente tendo em conta o movimento de privatização do ensino, é perceber em que medida é que podemos realmente proteger os nossos direitos democráticos dentro da educação”
“A minha pergunta é: estes ambientes de educação privada têm em conta as questões mais profundas da democracia e da cidadania? O ensino público deve ser humanizador e promover a liberdade de ideias. A faixa ideológica do ensino privado é muito mais estreita”
“Da mesma forma que acredito que ninguém devia estar a lucrar com a doença, também não devem estar a lucrar com a educação das nossas crianças. Temos uma tensão aqui que é ideológica e com a qual temos que lutar. Nem tudo pode ser construído nos termos da agenda neoliberal”
“Não perguntamos se as crianças estão felizes na escola, se estão entusiasmadas a aprender. […] Esta componente é completamente deixada fora da discussão, especialmente hoje em que tudo parece resumir-se aos resultados dos exames. Hoje parece que a escola só serve para testar”
E já agora, também do mesmo jornal, uma grande verdade estampada no seu site…
“Crato foi o que mais massacrou a escola pública desde o 25 de Abril”, acusa Ana Benavente
(Leonete Botelho)