Ontem lancei o desafio de mostrar e divulgar “Boas Práticas“. Numa altura de dúvidas sobre o nosso futuro, ansiedades e receios, é bom lembrar e enaltecer aqueles que todos os dias tentam melhorar a nosso dia a dia. Fica a merecida divulgação de um projeto extremamente pertinente nos dias que correm.
Boa tarde Alexandre,
Respondendo ao seu pedido de “boas notícias” ou “boas Práticas” , gostaria de divulgar a iniciativa extremamente positiva no âmbito da Educação tendo como dinamizador o projeto SintraÈs+ promovido pelo Departamento de Educação da Câmara Municipal de Sintra.
No âmbito do projeto SintraES+ irá ser dinamizado um projeto de Promoção do Bem Estar Docente.
Este programa iniciou-se na semana passada e tivemos em Sintra a Professora Doutora Margarida Pocinho da Universidade da Madeira, que é uma especialista em Bem-Estar.
Foi dinamizada com a Professora Margarida Pocinho uma ação de formação nos dias 14, 15 e 16 de Outubro, onde o objetivo é que todas as escolas possam participar, de forma que esta problemática do Bem-Estar possa ser objeto de uma reflexão e debate nas nossas escolas
A formação decorreu na Casa da Cultura Lívio de Morais, em Agualva – Mira Sintra (Dia 14 de Outubro – 14h30 às 17h30;Dia 15 de Outubro – 14h30; e às 17h30 e Dia 16 de Outubro – 09H00 às 12h00).
O Projeto Bem Estar docente pretende ser um processo contínuo promotor de de suporte e apoio aos docentes dos Agrupamentos de Escolas de Sintra.
.Considerando o desgaste emocional provocado pelo exercício da docência (Estudos,sobre burnout e desgaste na profissão docente têm vindo a ser desenvolvidos e divulgados- Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e uma equipa de investigadores coordenada por Raquel Varela),adicionando a incerteza e os receios suscitados pela pandemia, que vieram agudizar a ansiedade e estados depressivos já sinalizados, julgo que este projeto é algo de inovador, muito necessário,considerando que os professores têm vindo a ser pouco apoiados psicologicamente e presentemente sente-se o distanciamento social de forma mais aguda. Hoje mais do que nunca este suporte é absolutamente imprescindível,esperando-se que se traduza numa melhoria do bem estar da comunidade educativa. Quanto à operacionalização,basta consultar os documentos em anexo para se ter uma noção da dinâmica a implementar.
Espero ter sido clara e ter deixado uma nota de satisfação e entusiasmo, sinto-me honrada por fazer parte deste movimento em representação do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro..
Com os melhores cumprimentos
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Isabel Correia
O problema fundamental, as condições de trabalho, não são abordadas. As inúmeras horas na escola, muitas delas de utilidade muito questionável, as medidas economicistas que ignoraram o envelhecimento, a crise de autoridade (que convém não confundir no autoritarismo),as pressões estatísticas, a busca, a qualquer preço, de notas, etc., tudo isso são fatores importantes a considerar, para já não falar das alterações profundas na organização social e do poder demolidor do sucesso económico, também ele a qualquer preço, em muitos casos.
Mesmo quem gosta de dar aulas e não tem problemas de indisciplina tem vontade de partir, mesmo perdendo dinheiro.
O apoio prestado, que é de saudar, pode ser um paliativo, sempre será melhor do que nada, mas há muito mais. Ignorar não é solução.
Enquanto não se perceber o problema na sua complexidade, não creio que se possa resolver muita coisa.