O Ministério de Educação repete o erro do ano passado, faz comparações com valores iniciais e não com aquilo que prevê efetivamente gastar. Não se compreende a falta de transparência no discurso quando os números são claros e estão à vista de toda a gente.
De salientar o reforço no ensino pré-escolar (3.7%) e os cortes nas transferências para o Ensino Particular e Cooperativo (6,1%).
Educação vai dar contributo para poupança de 49,4 milhões em 2018
Dos 6.173,1 milhões de euros, destaca-se um aumento de 3,7% da despesa com a educação pré-escolar, para um total estimado de 561,2 milhões de euros em 2018. Por outro lado, estima-se uma nova redução, desta vez de 6,1%, nas transferências para o Ensino Particular e Cooperativo.
Já nas despesas de capital, que representam 2,3% do total da despesa consolidada, o que assume uma “maior representatividade” são “os investimentos a concretizar pela Parque Escolar”, para “intervenções no âmbito dos Estabelecimentos de Ensino Não Superior”.
As outras grandes apostas de Tiago Brandão Rodrigues para o próximo ano são o combate ao insucesso escolar, o investimento na educação de adultos e formação ao longo da vida e a educação pré-escolar, à semelhança das linhas seguidas este ano.
Também fica a garantia, nesta proposta de Orçamento do Estado, de integrar nos quadros pelo menos mais 3.500 professores no próximo ano, fruto quer da norma-travão, quer de um concurso de vinculação extraordinária.
Do lado da poupança, estima-se que o Ministério da Educação contribua com uma fatia de 49,4 milhões de euros, graças ao efeito demográfico (30 milhões), à redução do absentismo (10 milhões), a revisão dos contratos de associação (6,4 milhões), a eliminação de comissões bancárias com o pagamento de salários (2 milhões) e ainda um milhão com ganhos de eficiência nas despesas de funcionamento das escolas por recurso a novas tecnologias.
Fonte: Observador
pequena grande correcção:
não se designa “ensino” pré escolar.
mas sim educação … e é o que está escrito no orçamento.
cumps
quando se fala em poupança na educação, já se sabe para quem vai sobrar…
Para que serve um alivio fiscal no IRS se outros impostos aumentam e consequentemente, aumentam as despesas?
Para que serve um alivio fiscal no IRS se continuamos a pagar milhentas taxas sempre que se utilizam os serviços públicos?
Para quando um paradigma fiscal idêntico aos países nórdicos: impostos elevados mas com RETRIBUIÇÃO na quantidade e qualidade dos serviços públicos?