Não, não é ironia, é mesmo a sério.
Lembro-me de há uns anos atrás ter visto uma notícia, onde um estudo colocava os professores em 1º lugar nas pessoas mais indicadas para governar o país. O que vou dizer a seguir é naturalmente a minha opinião e um pouco contra a corrente.
Os pais valorizam os professores! Não estou a falar dos pais que vão berrar para a escola, ou que entram portão adentro para dar uns sopapos no professor, esses sinceramente que permaneçam na sua ignorância que pouco me aquecem. Falo nos pais desconhecidos, aqueles que nunca são chamados à escola e a sua descrição é seu timbre na relação com os professores. Não tenho dúvidas em afirmar que a nossa competência, apesar de algumas ovelhas negras, é reconhecida pelas “gentes” comuns.
O problema tem sido a desvalorização e mediatização de palavras pouco abonatórias por parte de Ministros e Secretários de Estado e também, já agora, a forma como alguns sindicatos têm usado o nosso nome para contestações ideológicas.
O discurso do “coitadinho” dá jeito, baixa as expectativas, permite reivindicar mais, mas não faz justiça ao nosso desempenho.
Somos professores! Somos bons professores! E devemos falar abertamente sobre isso, inclusive sobre o que se está a passar com a nossa avaliação. Fiquei muito satisfeito, orgulhoso até, quando de forma destacada os encarregados de educação indicaram a competência dos professores como principal atributo da escola, escola pública já agora…
Pela minha experiência neste blogue, sei que o que vende é o negativismo. E se o título deste artigo fosse O que os E.Ed menos gostam na escola é a incompetência dos professores até era capaz de fazer capa de jornal. Mas não, o que eles menos gostam é as infraestruturas e a indisciplina.
Agora que estamos quase de férias, deem umas palmadinhas nas costas a vocês próprios, pois ao contrário das nossas carreiras, a nossa dedicação não se congela, o amor aos nossos alunos persiste e podemos ir de férias de consciência tranquila.