Em pleno confinamento, a maioria dos estudantes portugueses está em casa, mas há crianças que continuam a fazer a mochila. Umas vão à escola, outras têm aulas em Juntas ou postos de CTT
Nem todos têm aulas em casa
Há um brilho nos olhos de Marco. Apesar de já ter 10 anos de idade e de frequentar o 4.º ano, nunca tinha mexido num rato de computador. Foi agora, neste confinamento, que a oportunidade surgiu, uma vez que tem aulas no posto de Correios de Valhelhas, local que se preparou para o receber, bem como às irmãs, Micaela (8 anos) e Rosa (5).
Frequentam a escola na localidade vizinha de Gonçalo, mas nas últimas semanas estão com aulas “online”. Não as podem ter em casa porque a família não reúne condições para tal. “Não temos computadores nem estes aparelhos modernos. Eu e o meu marido não sabemos trabalhar com isto. Não andámos tempo suficiente na escola. Aqui os meus filhos recebem uma ajuda importante”, reconhece a mãe das crianças, Paula Amaral, que faz questão de assistir também às aulas. “O meu marido é padeiro e tem de dormir durante o dia. Eu venho para aqui. Sempre vou aprendendo alguma coisa, para depois os tentar ajudar em casa.”
O JF falou também com alunos que estão a ter aulas online no Agrupamento de Escolas Gardunha e Xisto e com os alunos que mantiveram as aulas presenciais na Escola Primária de Peraboa.
sim, outros têm-nas na rua, enquanto passeiam o cão! é fixe!