Sempre me fez confusão os pais que optam por este tipo de discurso. Tirar 18 valores num teste significa que o aluno teve um desempenho Muito Bom, e Muito Bom é Muito Bom, ponto. Infelizmente muitos pais analisam as notas como um número apenas e não num contexto de esforço/grau de dificuldade. Seria interessante que os filhos opinassem sobre a reação dos pais quando confrontados com os resultados escolares.
Um aluno que tire 10 num exame pode ter tanto valor como um 18 ou 19, é preciso ter em conta o contexto escolar, familiar, nível de dificuldade do exame e características cognitivas que o aluno possui. A compreensão, o apoio e o reconhecimento do esforço são o conforto que o filho está à espera de receber quando informa o seu progenitor.
Não é a primeira vez que tenho conversas com alunos do ensino básico obcecados com as suas classificações, numa altura de ensino transversal como é o ensino básico, em que as médias só contam para bonitos quadros de honra, o sofrimento que esta exigência implica não augura nada de bom.
Por outro lado temos aqueles alunos que estão longe de obter resultados proporcionais às suas capacidades, norteando-se por interesses divergentes dos escolares, confundindo as suas prioridades. A estes, a resposta parental tem de ser incisiva, de desagrado e restritiva (não confundir com bater) se necessário. Mas muitos destes alunos são o resultado da displicência, desinteresse e alheamento parental. Se estes nunca exigiram e nunca estabeleceram requisitos mínimos de brio, orgulho e competitividade, o seu filho será o resultado disso mesmo.
A pressão ou falta dela, pode trazer benefícios excecionais se for aplicada com peso, conta e medida.
Deixo-vos com a leitura de um artigo do site Pais&Filhos
Temos que dar valor ao esforço que nossos filhos fazem para estudar para os exames, porque um número muitas as vezes não representa o esforço que fizeram