Os professores iniciam nesta segunda-feira uma greve às actividades que consideram estar irregularmente inscritas na componente não lectiva do seu trabalho, como o apoio ao estudo.
O pré-aviso de greve foi entregue pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) no mês passado e pode afectar actividades como o apoio ao estudo e projectos diversos desenvolvidos com os alunos.
Os sindicatos têm defendido uma clarificação do que é componente lectiva e não lectiva no horário dos professores.
O objectivo é que todas as actividades desenvolvidas directamente com os alunos sejam incluídas na componente lectiva do trabalho do professor.
A Fenprof convocou o protesto até 15 de Dezembro, mas já admitiu prolongá-lo pelo segundo período, caso não haja resposta da tutela às reivindicações dos docentes.
Fonte: Público
Escolas pedem ao Governo que clarifique o que são actividades lectivas e não lectivas
(LUSA via Público)
É muito importante que, de facto, esta questão seja conhecida por todos.
A lei é, como quase todas as leis (e em educação é mais do que evidente) propicia interpretações várias. E, à falta de professores, lá se colocam estas horas como CNL. Isto vem desde o tempo da então ministra MLR (ai!).
Segundo a lei, por exemplo, apoio individualizado é não lectiva.
Ora, o problema está no termo “individualizado”.
– significará que só com 1 aluno é CNL?
ou:
– significará que com 4, 5, 6 ou mais alunos já é CN?
ou ainda, mais aberrantemente:
– significará que com 4, 5, 6 ou mais alunos já é CN, desde que o professor “individualize” o tempo prestado aos alunos pelo relógio?
Eis o grande equívoco.
Mais um equívoco que tem sobrecarregado o trabalho dos professores, especialmente após os 60 anos.
E que tem contribuído para enorme exaustão/burnout.
*já é CL (e não CN)