Das palavras aos atos há um oceano que os separa. Mesmo sem covid-19, reformar o parque informático das escolas e a qualidade da internet seria essencial, agora é prioritário.
Que desta vez se comece a casa pelos pilares, em vez de estar a falar em salas e aulas do futuro sem que estas estejam minimamente dotadas.
Fica a notícia.
O Plano de Educação Digital tem de ser acelerado no próximo ano letivo. O ministro Pedro Siza Vieira diz que o projecto está já em curso e não pode esperar mais, até para precaver uma eventual segunda vaga da pandemia de Covid-19.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afirma que são vários os ministérios envolvidos no plano de digitalização das escolas que pretende preparar o ensino para o futuro e também para uma eventual segunda vaga de Covid-19.
O Plano de Educação Digital tem de ser acelerado no próximo ano letivo. O ministro Pedro Siza Vieira diz que o projecto está já em curso e não pode esperar mais.
“O plano envolve a capacitação de docentes, disponibilização de plataforma de ensino para as escolas, para que seja mais do que aulas no Zoom. Envolve conteúdos digitais, trabalho que está já a ser feito com as editoras. Envolve a cobertura digital de escolas e diferentes regiões (onde ainda hoje há dificuldades de rede). Disponibilização de equipamentos para todos os estudantes”, explicou o governante.
O executivo garante estar a trabalhar para que isto seja executado durante próximo ano letivo tendo em vista uma possível segunda vaga da pandemia covid-19.
“Queremos ver se somos capazes de, se tivermos segunda onda de pandemia no próximo inverno e se tivermos de restringir ensino presencial, podermos ter mais alunos com acesso a capacidades digitais”, explicou Siza Vieira aos deputados durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
Telecomunicações, Planeamento e Finanças, além da Educação, são os ministérios envolvidos. “Estão a ser trabalhados com intensidade e rapidez. Espero que mesmo muito rapidamente possamos comunicar o que vai ser possível no próximo não letivo”, sublinhou o responsável pela pasta da Economia.
“Não posso dizer que vai estar tudo a funcionar no arranque do ano letivo, temos consciência que é um programa exigente e que envolve vários riscos”, salientou.
O Governo considera que hoje em dia se percebe bem que a desigualdade no acesso as tecnologias digitais agrava as desigualdades no acesso ao ensino e afirma, por isso, que “não fazer investimentos na escola digital é coartar a população que fica menos preparada para o futuro”, acrescentou Pedro Siza Vieira.
Fonte: RR
Mas alguém se entende neste governo? Um diz que foi um o [email protected] foi um remendo, outro diz que aposta na escola digital!
Vejam lá se combinam as coisas…
Em vez de “Um diz que foi um o [email protected]” ler “Um diz que o [email protected]”. Desculpem.
“… Envolve conteúdos digitais, trabalho que está já a ser feito com as editoras. Envolve a cobertura digital de escolas e diferentes regiões (onde ainda hoje há dificuldades de rede). Disponibilização de equipamentos para todos os estudantes”, explicou o governante. …”
E os professores? Vão continuar a pagar do seu bolso o acesso a rede e, em caso de avaria de computadores/portáteis (muitas vezes já obsoletos) a reparação ou a aquisição de novos?
Curioso… , ainda mais que, de acordo com o divulgado nos meios de comunicação social, em caso de teletrabalho, o fornecimento de equipamento necessário pertence a entidade empregadora.
Como em tudo há várias leituras a fazer. Uma delas é que a aposta no ensino digital, representa antes de mais uma boa fatia de dinheiro que o estado pode e com certeza quer poupar! Não terá de financiar tudo o que envolve a escola presencial. Mas, cuidado! Pode estar a comprometer o ” mundo real, o concreto, onde as crianças desenvolvem uma série de competências essenciais que são as bases de outras… Esperamos que estas intenções não sejam decisões das quais todos nos venhamos a arrepender! As crianças e os jovens de hoje são o futuro e precisam de participar na sua construção , de formas sadias!
Por acaso gostava muito de ser operado num hospital por uma pessoa com ensino totalmente á distância.
Espero que não se esqueçam que o equipamento precisa de manutenção, de alguém nas escolas que cuide e mantenha a funcionar a coisa a tempo inteiro…. Ou colocam funcionários com formação ou dão horas a quem tenha capacidade para o fazer (profes). O tempo da carolice acabou… E se aproveitassem os recursos, conhecimento e materiais realizados pelos docentes… em vez de pagarem milhões a empresas…