Convenhamos, que é um grande avanço da nossa ciência, da nossa medicina, da nossa investigação, ter-se conseguido que uma criança pudesse fazer grande parte de seu tempo de gestação no corpo da “própria “ mãe – e não em outra “emprestada” – em morte cerebral.
E por certo será um exemplo para muitos países muito desenvolvidos, que nós, “por cá” também somos capazes de estar entre os melhores, em tudo e também na saúde, na ciência e na investigação. Quando queremos. E somos, mesmo bons.
E de facto estes casos podem ser uma abertura para situações em que haja necessidade de fazer melhor durante as gestações, mesmos em mães que não estejam como esta esteva.
E quem decidiu que a gravidez deveria continuar e chegar a uma nova criança, o Centro Hospitalar de Lisboa Central tendo e muito bem, pedido opinião ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, que o deu positivamente, tê-lo-á feito muito adequadamente. E com o conhecimento da família da mãe em morte cerebral e da, da possível futura criança em gestação.
E foi feito um intenso acompanhamento pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central, para nestas condições adversas, nascer uma criança. Tudo bem feito, com cuidado e respeito.
Talvez, a única situação que seja de ser cuidada de agora em diante é o futuro da criança. Ou seja, “depois” de todos os acompanhamentos médicos e não só que teve, para “chegar “ a nascer, e dos cuidados que se seguirão até o miúdo, estar bem, não deverá ser assumido como um “exemplo” do que tão poucas vezes, acontece.
Ou seja, o miúdo, deve ser tratado em vida como algo de muito normal. E sabendo-se, que se sobrevive e vive uma vida sem ter mãe viva – até quem isto escreve, dado a sua mãe ter morrido no parto – é indispensável haver atenção, também com estas fases. Por vezes a mãe ter morrido e o pai não saber o que fazer com a criança “que tem ali em frente “não é fácil, para quem fica vivo.
Logo, espera-se que assim que a criança fique bem, consiga ficar a viver normalmente como qualquer outra criança com a mesma idade, seja acolhida familiarmente pelos avós – ao que parece será a solução – e siga uma vida o mais costumeira possível.
E neste caso, não seja notícia atrás de notícia enquanto quiserem dar espaço para notícias haver! A criança e a família deverão seguir a sua vida normalíssima! Ponto!
Fica para a ciência, para a investigação, para a medicina mundial o que foi feito, mas a criança deverá seguir a normalidade de uma possível vida normal!
Augusto Küttner de Magalhães
Um oportuno alerta (com a vantagem de uma certa experiência) para todos a quem couber fazer o acompanhamento do Lourenço Que o seu percurso de vida seja o da normalidade.Um obrigada a A.K.de Magalhães
Cara Maria Eduarda, muito obrigado pelo Seu comentário.
De facto a partir de agora é a Vida do Lourenço, a sua privacidade e futuro, que estará em causa.
Tenha uma boa 2ª feira.
Um abraço do
Augusto