O líder do grupo responsável pelo estudo, Francis Green, disse que os dados mostram que há muitas crianças que deixaram de receber ensino ou que fizeram muitos poucos trabalhos de casa.
“O encerramento das escolas e a sua reabertura apenas parcial constituem uma potencial ameaça para o desenvolvimento educativo de uma geração de crianças”, alertou.
As escolas primárias e secundárias britânicas encerraram a 20 de março para evitar a propagação do coronavírus, mantendo-se apenas abertas para filhos de trabalhadores de serviços essenciais ou para crianças vulneráveis.
Após nove semanas sem aulas, algumas escolas reabriram parcialmente para os alunos das classes ‘Reception’ [primeiro ano do ensino primário], ano 1 e ano 6, no início de junho, mas muitas não o fizeram devido à dificuldade em fazer respeitar as regras de segurança e distanciamento social.
Posteriormente, o Governo britânico admitiu que não seria possível retomar todas as aulas do ensino primário antes de setembro, enquanto que as escolas secundárias só vão abrir parcialmente para alunos dos anos 10 e 12 anos de escolaridade.
Durante o confinamento, as escolas têm garantido aulas via Internet e disponibilizado trabalho e materiais de aprendizagem, mas o estudo publicado hoje conclui que existe uma diferença em termos de qualidade, e que as privadas têm mais meios do que as escolas públicas.
Até ao momento, o Reino Unido registou 41.736 mortes devido a pandemia covid-19, de acordo com o ministério da Saúde britânico, o maior número na Europa e terceiro maior número a nível mundial, atrás dos EUA e Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto