Os portugueses merecem saber a verdade!
Esta foi a frase do Presidente da República no início da pandemia. Uma frase que fez eco pela sua pertinência e necessidade, o que só por si não foi nada tranquilizador, pois deu a sensação que a verdade nem sempre é transmitida…
Recordo os mais distraídos que em março e abril deste ano, surgiram dois documentos oficiais da DGS, onde em ambos consta preto no branco que o distanciamento social mínimo deve ser de 2 metros.
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De repente, sem qualquer justificação científica que o sustente, a DGS emite um documento em parceria com a DGEstE e DGE, mais uma vez sem estarem assinados, reduzindo o distanciamento social mínimo para 1 metro.
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Ao mesmo tempo lemos o Ministro da Educação afirmar que é impossível dividir as turmas em dois…
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O leitor deve estar a fazer as mesmas contas que eu, pois 2 + 2 ainda são 4… Há uma clara preferência económica em detrimento da proteção sanitária dos alunos e professores. E isto é muito grave! É a saúde dos nossos filhos, é a saúde dos nossos professores que como se sabemos têm uma média de idade das mais altas da Europa.
É óbvio que as escolas não se podem duplicar de um dia para o outro, e também verdade que o Ministério da Educação até permite parcerias com outras entidades de modo a aumentar o espaço físico das escolas, a criação de turnos no regime presencial, ou até o aumento do horário do estabelecimento escolar.
Não se compreende por isso, o intuito de “facilitar” a proximidade em sala de aula, dando a sensação que o objetivo é “atirá-los” lá para dentro e depois logo se vê o que acontece.
Tantos e tantos cuidados foram tidos no regresso de cerca de 200 mil alunos, mas para o regresso de 1 milhão e 700 mil, a exigência pelos vistos diminuiu.
Aproveito para recordar um Estudo publicado na revista médica The Lancet, que recomenda um distanciamento social de dois metros.
Reduzir distância de segurança de 2 para 1 metro pode dobrar risco de infeção
E agora que tanto se fala do castigo dos ingleses ao turismo português, não deixa de ser irónica a forma como Inglaterra está a preparar o regresso dos seus alunos às escolas.
Para as escolas primárias, as aulas devem normalmente ser divididas ao meio, com não mais de 15 alunos por grupo pequeno e um professor(e, se necessário, um assistente pedagógico). Se houver falta de professores, então os assistentes de ensino podem ser atribuídos para liderar um grupo, trabalhando sob a direcção de um professor. As crianças vulneráveis e os filhos de trabalhadores críticos em outros grupos anuais devem também ser divididos em pequenos grupos de não mais de 15. As carteiras devem ser espaçadas o mais longe possível.
Para as escolas secundárias e colégios, o mesmo princípio de reduzir as turmas para metade será normalmente aplicado. Reconhecemos que a variedade de disciplinas e cursos leccionados nas escolas secundárias e colégios significa que algumas misturas podem ser inevitáveis para fornecer aos alunos apoio presencial dos professores das disciplinas/especialistas. Esperamos que estes grupos sejam ainda mais pequenos do que o normal. É também sensato reorganizar salas de aula e oficinas com posições sentadas a 2 metros de distância. Onde turmas muito pequenas podem resultar da redução para metade,
Traduzido do artigo Coronavirus (COVID-19): implementing protective measures in education and childcare settings
Volto por isso à questão colocada no título do artigo. Estão a falar a verdade aos portugueses?
Sou professor, mas também sou pai e no papel de ambos, os meus níveis de preocupação subiram em flecha depois de ter feito esta pequena investigação. É que o número de casos de Covid-19 não mentem e começam a surgir notícias que estes pecam por defeito, fora as informações preocupantes que vou recebendo de um familiar que trabalha na PSP e me relata casos de pessoas infetadas que não cumprem o confinamento e fogem para o Algarve.
Covid-19. DGS não está a contabilizar todos os casos de infeção, avança jornal Expresso
Termino com um apelo aos jornalistas que sei que acompanham as publicações do blogue, questionem o Ministério da Educação, a DGEstE, a DGE e a DGS, sobre os factos aqui apresentados. Os portugueses merecem saber a verdade! Não é verdade Sr. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa?
Alexandre Henriques
Partilho do mesmo ponto de vista, Alexandre. Pai e professor, este papel duplo que nos dá uma visão global da situação. Será isto uma tentativa de testar a imunidade de grupo em amostra reduzida e encapotada? Tanto fala a Diretora Geral da Saúde do Princípio da Precaução e da sustentação científica mas, como não me admira nada, quando chegamos à Escola parece que tudo vale, menos quem lá trabalha e quem a frequenta… Espero que isto não passe em claro e qur seja anunciado e denunciado!
boa tarde,
mas quando será que as pessoas metem na cabeça que todas as decisões até agora pouco ou nada têm de científico e tudo de político?
exemplos:
“As melhores frases durante/sobre a crise pandémica:
“Há baixíssima probabilidade de vírus em Portugal. A OMS está a exagerar um bocadinho.” Graça Freitas
“A pandemia pode ser uma oportunidade para a agricultura portuguesa.” Maria do Céu Albuquerque
“Que cada um de nós recorra à horta de um amigo. Não açambarquem.” Graça Freitas
“Até agora não faltou nada no SNS e não é previsível que venha a faltar” António Costa
“Apelo para que visitem os lares: sejam solidários.” Graça Freitas
“Não usem máscaras. As máscaras dão falsa sensação de segurança.” Graça Freitas
“Vamos, cada um virado para o seu lado”. Graça Freitas
“Testes? Testes negativos dão falsa sensação de segurança.” Graça Freitas
“Esta semana chegam 500 ventiladores. Outros tantos após a Páscoa.” Lacerda Sales
“Existe, de facto, um produto muito eficaz, um produto que mata todos os micro-organismos e, portanto, bactérias e vírus, e que consegue durante um mês essa mesma segurança. Há uma película que é formada em torno das superfícies onde ele for aplicado.” Matos Fernandes
“Então nós íamos mascarados para o 25 de Abril?” Ferro Rodrigues
“Não é necessário usar máscara. A AR é um edifício grande.” Graça Freitas
“Admito a possibilidade de celebração do 13 de Maio.” Marta Temido
“População menos educada e mais pobre poderá estar a potenciar uma maior incidência da epidemia no norte.” TVI
“Já tenho um esquema para ir à praia.” Marcelo Rebelo de Sousa
“Senhor Presidente, isso não é permitido.” Elemento da segurança de Marcelo Rebelo de Sousa
“Não vai haver austeridade.” António Costa
“É muito difícil fazer previsões quando o mundo mudou em 360 graus em dois meses” António Costa
“Tracei as linhas gerais para um plano a 10 anos em 2 dias.” António Costa e Silva
“Comigo ninguém falou sobre qualquer plano.” Mário Centeno
“Nos aviões não é necessário distanciamento porque as pessoas só olham para a frente.” Graça Freitas
“Que bom que foi poder ver o Algarve sem as filas e as enchentes de sempre.” António Costa
“A realização da fase final da Champions em Lisboa é um prémio para os profissionais de saúde.” António Costa
“O que nós queremos é que venham muitos estrangeiros.” Graça Freitas
“Admitimos retaliar contra países que impedem entrada de portugueses.” Augusto Santos Silva
“Aparecem mais casos porque estamos a testar mais.” António Costa
“A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, como forma de proteger as crianças que regressaram esta segunda-feira ao jardim de infância, criou um dispositivo que ajuda a manter sempre o distanciamento social. A solução surgiu sob a forma de um chapéu com quatro héllices.” Câmara Municipal Arcos Valdez
“A Junta de Freguesia de São Martinho do Porto levou a cabo uma acção de desinfecção do areal da praia com um tractor e uma solução que continha hipoclorito, no início de Maio.” Junta de Freguesia São Martinho do Porto”
quanto ao número, meus amigos aqui o que interessava saber era o número de pessoas que realmente faleceram DE covid e não COM covid, bem como as comorbidades de que padecem os casos mais graves de internamento e as e os casos que infelizmente levaram ao óbito.
obrigado
Vamos ver que jornalistas irão pegar neste assunto.
A maioria dos internados tem entre 40 e 60 anos…
Vai ser um bom teste para os profs.
A realidade desta situação está á nossa porta. Os meus filhos começam a escola amanhã e em ambas as escolas há menos de um metro entre as crianças na sala de aula! Além disso, o meu filho de 8 anos não precisa usar máscara numa sala com outras 21 crianças… e os outros pais acreditam que máscaras fazem mal. Vivo com a minha mãe e vamos ver o que acontece se as crianças chegarem a casa com Covid 19. Quem será o responsável depois?