É mais ou menos consensual que os dilemas sociais são fruto da evolução social, da cultura na qual a pessoa se insere e das oportunidades que cada um teve de ir submetendo o seu sistema de crenças e preconceitos “a testes”.
Na nossa clara evolução ontogenética é esperado que cada pessoa seja capaz de utilizar um leque alargado de ferramentas que permitam lidar com situações que a vida coloca. Na verdade, é esperado que as nossas crianças tenham capacidade evolutiva de tomar boas decisões, que resguardem os seus direitos e os plenos direitos do outro.
Do ponto de vista psicológico e psicossocial, a análise da literatura revela uma preocupação crescente na busca:
a) de soluções e formas alternativas de lidar com conflitos numa perspetiva ganha-ganha,
b) de identificar e gerir emoções regulando-as,
c) de definir expectativas positivas e realistas face a si, face ao outro e face ao futuro,
d) de desenvolver um espírito de empreendedorismo, e
f) de desenvolver um sentido de cidadania, civilidade e de participação social.
Através de um leque alargado de bons programas de promoção de competências pessoais e sociais as crianças e os adolescentes podem desenvolver as suas capacidades pessoais e relacionais, que fazem com que estes aceitem as suas características e trabalhem os pontos menos fortes de aceitação de si e dos outros.
Andreia Morais | Psicóloga Clínica, Mestre em Psicologia da Educação
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