Mudar um sistema de ensino não é de um dia para o outro, mudar a forma como os professores lecionam e como vão articular entre si, será um desafio de elevada dificuldade e que vai ser muito interessante de assistir nos próximos tempos. Assumo desde já o meu ceticismo, porque não vejo vontade nem tolerância por parte do corpo docente em mudar novamente. Os professores estão fartos de mudanças e mudanças sem um sinal efetivo de que são para ficar, não serão levadas a sério…
Eis o que vamos andar a falar nos próximos tempos no âmbito da Autonomia e Flexibilização Curricular.
2 ‒ As opções curriculares da escola concretizam-se, entre outras, nas seguintes
possibilidades:
a) Combinação parcial ou total de disciplinas;
b) Alternância, ao longo do ano letivo, de períodos de funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar, em trabalho colaborativo;
c) Desenvolvimento de trabalho prático ou experimental com recurso a
desdobramento de turmas ou outra organização;
d) Integração de projetos desenvolvidos na escola em blocos que se inscrevem no horário semanal, de forma rotativa ou outra adequada;
e) Redistribuição da carga horária das disciplinas das matrizes curriculares-base, promovendo tempos de trabalho de projeto interdisciplinar, com partilha de horário entre diferentes disciplinas.
f) Organização do funcionamento das disciplinas de um modo trimestral ou semestral, ou outra organização;
g) Criação de disciplinas, de espaços ou de tempos de trabalho para o
desenvolvimento de componentes de currículo local, entre outras, com contributo interdisciplinar.
No final do documento constam novas matrizes.
As escolas andam sempre a discutir desde sempre, uma saga que se perpetua sem que se chegue a algo de higiénico.
Infelizmente não são as escolas que discutem, mas os sucessivos ministérios que ditam leis, que na verdade não se adequam à realidade das maioria das escolas do país e dos seus alunos…