Exames Vs. provas de aferição uma questão que continua a provocar muita discussão e claramente divide as opiniões entre os responsáveis educativos. Ainda hoje conhecemos a opinião do Conselho das escolas e que vai no sentido de se alterar o modelo agora introduzido, criando um misto entre os exames e as provas de aferição.
Curiosamente esta posição surge no dia seguinte à divulgação de um relatório da OCDE que coloca a avaliação no centro da discussão ao apontar os chumbos como a principal causa de insucesso e de abandono precoce do sistema educativo.
Não quero aqui veicular, novamente, a minha opinião sobre os exames e as consequências que se verificaram com a sua implementação ou o que muda com a introdução do modelo idealizado pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues.
O Conselho de Escolas apresentou uma proposta que vem juntar um pouco dos dois sistemas, apontando um modelo híbrido. Perante o cenário internacional que nos foi dado a conhecer pelos testes PISA e quando os nossos resultados são abaixo da média europeia, embora com resultados positivos na convergência que fizemos entre 2003 e 2012, não posso deixar de questionar se este não será tempo de estabilizarmos as políticas educacionais.
Até posso admitir a reivindicação do Conselho de Escolas de só se alterar o sistema de avaliação externo no final do ano, mas não posso concordar com a visão relativa aos exames, em especial quando acabamos de conhecer os resultados da avaliação ao nosso sistema de ensino. Parece-me que um modelo que permita a aferição das dificuldades em tempo útil e que permita aos professores ter o tempo necessário para as corrigir, como o que foi agora implementado, permitirá uma melhor evolução dos resultados escolares dos alunos. Em vez de obrigar os professores a trabalhar para os resultados nos exames parece-me mais pedagógico trabalhar para suprir as dificuldades com a finalidade de consolidar conhecimentos.
Consulte aqui o artigo:
Directores defendem realização de exames no 6.º ano